"... a questão é que, não importa o que aconteça, tudo vai dar certo. A gente pode conversar mais sobre isso amanhã. Eu sei que é estressante demais, a indústria de casamentos coloca toda essa pressão sobre nós, mas não tem motivo nenhum pra ser a toda aquela grande e velha confusão. Especialmente comigo te ajudando."
Ela deu-me um abraço de boa noite e cada uma seguiu seu caminho. Vi-me entrando no carro de luxo com lauren sem nem mesmo questionar onde estávamos indo; eu passaria a noite na casa dela, claro, e por mim estava tudo bem. Na manhã seguinte,
Taylor chegou às dez horas em ponto. Começamos o dia com um café da manhã em uma lanchonete vegetariana da moda – "Eu não sou vegetariana, é óbvio, mas às vezes gosto de fingir que eu sou" – e depois disso fomos para a chique região de compras. "Então, você já escolheu um vestido?" Taylor quis saber. "Tenho a impressão que a lauren quer que o casamento seja o quanto antes. Ela odeia ficar na expectativa e também os planejamentos a longo prazo. Sempre odiou."
Fiz que não. "Achei que eu pudesse escolher algo já pronto. Não precisa ser um 'vestido de noiva', sabe? Só algo bonito." "É, assim é melhor. Alguns desses lugares aumentam mais uns oitocentos dólares no preço de qualquer coisa que seja 'pra casamento.' Sei que na verdade não importa, mas por meus princípios, eu sou contra isso." Concordei. "Eu só quero que as coisas sejam bem casuais." Isso era verdade; eu só não podia revelar o motivo. "Quero casar porque eu amo a lauren, não porque eu quero ter um Grande Dia. Sabe?"
Caramba, eu estava quase convencendo a mim mesma. Muito bem. Taylor fez que sim. "Eu posso entender porque vocês ficaram juntas. Ela nunca foi muito romântica – ou tradicionalista, eu acho. Você sabe o que eu quero dizer." Ela hesitou. "
O que seus paisacham disso tudo?" A pergunta inevitável. Pensei por um instante. "Na verdade eles não... eu ainda não contei pra eles."
"Ah," surgiu um ar compreensivo em seu rosto. "Desculpa. Eu não quis abordar um assunto complicado. A gente não precisa falar sobre isso." "Obrigada." Por mais que eu gostasse cada vez mais de Taylor , não tinha vontade de conversar com ninguém sobre minha situação constrangedora com meus pais, ainda mais com alguém que havia acabado de conhecer. Fomos a algumas padarias, papelarias e lojas de vestidos, só para experimentar algumas coisas. Olhando-me nos enormes espelhos, não senti quase nada. Era somente eu mesma em um grande vestido branco e macio. Eu não era uma noiva.
Só estava fingindo ser uma. "Estou surpresa que eu ainda consigo caber no meu tamanho normal, depois de todos aqueles hambúrgueres de ontem à noite," comentei enquanto saíamos de uma das lojas de vestidos. "Nem me fale."
Taylor riu. "Mas valeu a pena, né?" "Sempre vale a pena." Hesitei. "Então vocês costumavam ir muito lá quando eram crianças, né?" "Nem tanto quanto a gente gostaria de ter ido." Ela olhou para mim. "a lauren te contou bastante coisa sobre a infância dela?" Fiz que não. "Quase nada." "Foi o que eu pensei. Ela não gosta de falar sobre o assunto. Acho que é o jeito dele de lidar com isso." Ela ficou em silêncio por um momento. "
Eu não quero dar a entender que a nossa vida familiar era algum tipo de filme de terror. Na verdade não foi tão ruim assim. Mas às vezes era difícil. No início, a gente não tinha muito dinheiro pra gastar por aí. A primeira vez que o nosso pai levou a gente no Jerry's Grill foi porque chegamos da escola mais cedo – deu um problema nos dutos de gás ou alguma coisa assim, eu não lembro direito agora – e pegamos ele com outra mulher.
Aí ele prometeu que se a gente ficasse de boca fechada, ia nos levar pra comer hambúrgueres. E como eu e a lauren é ramos duas pestinhas, é claro que continuamos exigindo voltar lá toda vez que a gente não estava feliz ou quando ele fazia algo que a gente não gostava. Eu me sinto me péssima por isso agora.
Tenho certeza que o lolo também. Mas, na verdade, a gente nem sabia o que estava fazendo naquela época. Crianças são egoístas. A gente só queria jantar alguma coisa que não viesse numa caixinha da loja de descontos. Eu não tenho ideia de como o meu pai juntava dinheiro pra levar a gente lá, mas ele dava um jeito."
Não fazia ideia do que dizer em resposta a tudo isso. Minha mente estava flutuando. Eu só balançava a cabeça silenciosamente e esperava ela continuar. "A minha mãe nunca descobriu, até onde eu sei.
Acho que foi melhor assim. Eu não sei se o meu pai continuou fazendo aquilo. Os dois eram jovens e agora eu percebo que nem tenho certeza se algum dia eles se amaram de verdade. Podia muito bem ter sido um casamento forçado. Durante anos, eu evitei relacionamentos próximos por causa do exemplo que eles me deram. Ainda bem que eu conheci o Ray. Ele ficou do meu lado mesmo quando eu tentei afastar ele da minha vida."
Seus olhos estavam bem distantes enquanto ela falava. Finalmente, ela virou-se para mim. "Tenho que dizer, eu fiquei muito feliz quando a lauren me contou que tinha encontrado alguém.
Eu tinha medo que isso nunca acontecesse com ela. Acho que a situação toda afetou mais ela do que eu. É difícil acreditar no amor, vindo de um passado como esse."
"É," apoiei. "Acredite, eu sei como é. Quer dizer...
não sei se os meus pais já traíram um ao outro, mas com certeza eles não se amavam." Taylor concordou. "
Tem muita coisa desse tipo por aí, né? Pessoas se casando por várias razões, menos pelas certas."
Nem me fale.
(continuar)
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casamento de conveniência
Fanfiction(Casei com uma bilionária) adaptação = camren vai ser (gp)