Capítulo 39

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Queria tanto contar para ela, mas – apenas para desabafar a verdade. Mas eu sabia que não conseguiria lidar com a maneira como ela ficaria chocada, percebendo que, na verdade, lauren não havia encontrado o amor verdadeiro. Eu precisava deixá-la acreditar que éramos felizes juntos, pelo menos por um tempinho. Fiquei aterrorizada ao perceber que lágrimas estavam acumulando-se no canto dos meus olhos. Forcei-as a voltar, engolindo em seco e continuando a caminhar. "Mas então,"

 Taylor  continuou a conversa. "Chega dessa baboseira deprimente. Você já escoheu o lugar?" "Não," admiti. "Pra ser sincera, eu tenho adiado tudo... é que é tanta coisa, mas eu sei que quanto mais tempo eu esperar vai ficar mais difícil." "É pra isso que estou aqui!" exclamou Taylor . "

Por que é que a gente não volta pro apartamento e começa a procurar uns lugares na internet? É melhor a gente reduzir as nossas opções antes de dirigir pelo estado todo procurando o lugar perfeito." Voltamos ao apartamento de lauren e senti-me grata pela chave que ela me havia deixado. Enquanto passávamos, o porteiro sorriu e acenou mostrando nos reconhecer. Quando entramos, Taylor foi direto para a geladeira e serviu-se de um copo de suco. Ela sentia-se infinitamente mais em casa do que eu. "

Então, onde o lolo deixa o laptop?" ela quis saber. Ai, que merda. "Hum... é difícil dizer, ela meio que leva pra todos os lugares com ela," menti. Meu Deus, eu não fazia ideia. "Bom, então a gente vai ter que procurar. Por que você não olha no quarto? Eu vou procurar aqui embaixo." Já estava no meio das escadas quando me lembrei do quarto de hóspedes claramente habitado lá embaixo. Merda, merda, merda. 

Eu tinha que continuar. Não podia agir de forma suspeita ou como se estivéssemos escondendo algo. Se ela dissesse alguma coisa, eu explicaria que não estava acostumada a dormir na mesma cama que outra pessoa? Talvez? Ai, meu Deus, será que eu conseguiria dizer isso séria? Meu rosto já estava queimando. 

Vasculhei o quarto cegamente. Poderia haver dez laptops aqui e eu nem teria notado. Desci lentamente as escadas, de mãos vazias, claro, e vi Taylor no meio do corredor, parecendo confusa. Tomara que seja apenas porque não havia encontrado nada. Ou... não. "Ei, vocês – receberam alguém esses dias?" ela indagou. Tentei fingir que estava confusa por um momento. "Ah! Você está falando do quarto de hóspedes? 

São as minhas coisas que estão lá." Minha própria voz soou como um eco estranho e distante em minha cabeça. Meu coração estava palpitando. "É que eu não estou acostumada a dormir na mesma cama com outra pessoa, sabe?" Houve um instante de silêncio. "Ah, é claro. Eu também era assim com o Ray no início.

 Nunca passei a noite com ele quando a gente começou a sair, o que deixava ele louco." "Que bom que você sabe do que eu estou falando." Senti meu nível de ansiedade diminuir um pouco. "Algumas pessoas achariam estranho."

 Ela fez um gesto de desdém. "Não se preocupa com isso. Ou com o que quer que seja. Teve sorte lá em cima?" "Não," respondi. "Mas vou procurar de novo. Na verdade, eu esqueci de olhar no armário. Ela deixa a capa do laptop lá, talvez esteja dentro."

 Não fazia ideia se isso era verdade, mas eu precisava de uma desculpa para voltar e realmente procurar no quarto agora que meu cérebro estava funcionando de novo. O que foi bom – estava na cômoda, bem à vista. Taylor pensaria que eu era a pessoa mais maluca do mundo. "Achei," gritei, descendo as escadas. "

Ah, fantástico. Vamos ver o que a gente consegue encontrar." Rapidamente, fizemos uma lista de todas as lojas de casamento que encontramos na cidade inteira. Minha cabeça estava ficando cheia, mas Taylor parecia estar digerindo muito bem as informações, fazendo várias anotações em um bloquinho que ela tirou não sei de onde. Parecia ser outra coisa de família.


(continuar)

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