Capítulo 41

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Ray teve que voltar para o trabalho, então nós quatro visitamos a galeria de arte na segunda-feira de manhã e nos despedimos. Taylor tinha razão – era maravilhosa, com um salão enorme que eles indicavam para a cerimônia repleto de esculturas e estátuas históricas. Ficaram surpresos quando lauren disse que queria agendar "

o mais rápido possível," mas eles só conseguiram uma data para daqui um mês. Ela fez um depósito, mas não me deixou olhar a quantia total. Taylor deixou-me páginas e páginas de anotações. 

lauren já tinha dado a Emma a tarefa de encontrar um vestido para mim, e eu escolhi uma padaria que fazia um bolo bonito e gostoso. Mesmo com todos os preparativos em andamento, a coisa toda ainda não parecia muito com a vida real. Mas eu tinha certeza que iria ajustar-me. Com o tempo. Meu último dia de trabalho foi na sexta-feira e lauren perguntou-me durante o almoço se eu queria que ela contratasse um serviço de mudanças. 

Como sempre, ela estava dez passos à frente. No alvoroço dos preparativos para o casamento, esqueci que também deveria mudar-me para seu apartamento imediatamente após a cerimônia. "

Não, tudo bem," falei. "Eu não gosto muito de pessoas estranhas tocando as minhas coisas." "Então pelo menos deixa eu te ajudar." Ela pareceu realmente se importar. "Deixo sim, claro. Obrigada." Afinal, ela não era um estranha. Ela era minha noiva. Um pensamento passou-me pela cabeça. "Ei, a gente vai tipo... 

ter uma lua de mel ou algo assim?" O canto de sua boca curvou-se em um sorriso de quem esconde um segredo. "Deixa isso comigo," ela respondeu. **** As semanas seguintes passaram num piscar de olhos, enquanto eu encaixotava todos os meus pertences e retornava as ligações dos vendedores. Finalmente tive um retorno de Emma, parecendo quase sem fôlego de tanta animação, contando-me que havia encontrado o vestido perfeito. Ela recusou-se a enviar-me uma foto, insistindo que eu precisaria vê-lo pessoalmente primeiro. Então fui encontrá-la o mais rápido possível, no carro que ainda não parecia ser meu, sentindo muita estranheza enquanto o estacionava na frente da butique. Não era bonito o suficiente para ser notado, mas estava tão longe de tudo que eu já tinha dirigido que não conseguia acostumar-me. Emma parecia que estava prestes a explodir de tanta felicidade. 

"Vamos, vamos!" Ela colocou o braço em volta dos meus ombros e guiou-me até os provadores assim que coloquei os pés lá dentro. "Escondi o vestido aqui atrás, não queria ninguém perguntando sobre ele. E imagina se a lauren tivesse chegado aqui e visto. Deus me livre!" "Eu não sou supersticiosa," retruquei. "Ah, querida." Ela balançou a cabeça. "Todo mundo é supersticioso quando se trata de casamentos. Você também pode se juntar a nós." Virei os olhos, mas ela estava alegre demais para perceber. "Olha!" 

O vestido estava pendurado na minha frente. Era bonito e elegante, sem todo o tafetá e as características usuais de um vestido de casamento típico. Ainda assim, ao mesmo tempo, senti que iria ser reconhecida como uma noiva quando o vestisse. Era de uma adorável cor creme, com detalhes em vermelho escuro, incluindo uma faixa ao redor da cintura. "Eu achei que um modelo curto ia ser melhor pra um casamento no verão," Emma comentou. "E então? Gostou?"

"É lindo," respondi, tocando nele para sentir o material. "É que... nada disso parece real pra mim, sabe?" "Eu sei," ela disse. "Vamos. Eu mal posso esperar pra ver você com ele." Ela me ajudou a colocar o vestido, fazendo-me calçar um par de sapatos para complementar, após ter fechado o zíper. Olhei para mim mesma. Era assim que eu casaria. Emma perdeu o fôlego. Ela parecia mais emocionada com isso do que eu. 

"É muito bonito," comentei, com a voz embargada. "Obrigada, Emma. Eu não teria conseguido sem a sua ajuda."

 "Não precisa nem mesmo de uma única alteração," ela murmurou, andando ao meu redor e tocando e puxando várias partes do vestido. 

"Até eu não achava que ficaria tão perfeito assim." 

Como você é modesta." Alisei o vestido na cintura mais uma vez, como se fosse de alguma forma cimentar a ideia de que isso realmente estava acontecendo. 

"Cala a boca. Você gosta dele." Ela virou-se para a porta. "Não se mexa, eu vou encontrar alguns acessórios pra você.' Ela voltou com um algumas adoráveis peças cor de prata que combinavam com as tonalidades vermelhas – eram rubis de verdade? – e antes que percebesse estava lá fora e a caminho do cabeleireiro para definir um estilo para o

 "grande dia." Eu odiava essa expressão, mas com todos ao meu redor usando-a ao menos três vezes por hora, era inevitável que se tornasse parte do meu vocabulário. 

(continuar)

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