Capítulo 40

52 4 0
                                    

 "Então tá," ela disse, após o que parecia ter levado horas. "Eu eliminei todos os lugares que definitivamente a gente não vai querer, o que nos deixa com umas vinte opções. Eu, pessoalmente, sou uma grande fã da galeria de arte. Você já foi lá?" Fiz que não. "Ai, meu Deus, nós temos que ir," ela animou-se. "

Eles estão fechados hoje, mas a gente tem que ir o quanto antes. O lugar é absolutamente maravilhoso. Claro que você precisa contratar o serviço de bufê caríssimo deles, mas eles cuidam de absolutamente tudo. E não cobram taxa de corte do bolo." Ela virou os olhos. "Taxa de corte do bolo?" Olhei para ela. 

"Isso... isso existe?" "Acredite. Eles vão cobrar cada centavo que puderem por tudo nesta indústria. Você precisa ficar esperta," ela afirmou. Havia tanta coisa que eu não sabia e simplesmente não tinha o desejo ou motivação para descobrir. Não sei o que faria sem a Taylor . Acho que contrataria uma assessoria de casamentos. 

Quase esqueci por um instante que era bem fácil resolver este tipo de problemas apenas gastando mais dinheiro com eles. "Taylor , posso te perguntar uma coisa sobre o que a gente estava conversando antes?" questionei, ajeitando-me no sofá "É claro. O que você quer saber?" "Você disse que quando vocês eram mais novos... 

não tinham muito dinheiro. O que foi que mudou?" Ela riu. "Você não vai acreditar quando eu contar. O papai ganhou muito dinheiro no cassino. Muito mesmo. Eu ainda acho que ele estava fazendo o possível pra perder tudo o que ele tinha no jogo... a nossa mãe tinha acabado de falecer e, apesar de tudo, acho que ele não sabia o que fazer sem ela. Mas em vez de perder, ele ganhou o maior prêmio que já pagaram pra alguém. As fotos dele ainda estão na parede, se você for lá – um cara desajeitado usando camisa de flanela e macacão, segurando aqueles cheques enormes como se fosse uma sentença de morte. Depois disso, ele mudou completamente. 

Ele podia ter gastado tudo, mas em vez disso, ele foi no centro da cidade e entregou uma pilha de dinheiro pra um planejador financeiro. Eu nunca soube que ele era assim – mas acho que ter todo aquele dinheiro deixava ele assustado." Ela respirou fundo. "Depois de alguns bons investimentos, a gente já estava se mudando pra uma casa mais bonita num bairro muito melhor e, de repente, a gente não precisava mais ficar torcendo e rezando por bolsas de estudo e implorando pelas merrecas dos programas federais. A gente podia ir pra qualquer faculdade que quisesse. Depois de todos esses anos, eu ainda lembro como essa época foi estranha. Era como se eu estivesse sonhando acordada. Sabe?" Eu sabia. Sabia muito bem. "

Uau," exclamei."Uau é a palavra certa." Ela levantou-se. "Embora eu ache que você está mais do que familiarizada com esse sentimento." "É," concordei. "Passar de todos os meus cartões de créditos estourados e contas atrasadas pra isso..."

 Falando nisso, meus cartões de crédito ainda estavam estourados e algumas contas ainda estavam atrasadas. Tenho estado tão ocupada em ajustar-me à minha nova vida que esqueci completamente de perguntar a lauren sobre a possibilidade de cuidar de algumas das minhas necessidades financeiras mais imediatas. Era algo que eu provavelmente deveria fazer. "Eu sei," ela assentiu, colocando a mão no meu ombro. 

Vai ser estranho no começo, mas você vai acabar se adaptando. E você não precisa se tornar uma daquelas pessoas detestáveis nascidas em berço de ouro, que usam terninho pra ir no clube de campo e gritam com as faxineiras. Apenas mantenha a cabeça no lugar e você vai ficar bem." Sorri imaginando o que ela disse. 

"Obrigada. Mas eu posso pelo menos ter um cachorrinho para carregar comigo?" "Você pode ter tudo o que você quiser, querida." Ela sorriu. "O mundo está nas suas mãos agora." 

(continuar)

casamento de conveniênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora