Capítulo 8

225 7 0
                                    

Fiquei esperando o Diego alguns minutos até que vi o Pedro se aproximar de mim, fiquei tentando achar o Diego e fervendo de ódio. Você me paga Diego Rodrigues, você me paga! - falei baixo.
- O Diego teve que ir a outra cidade e me pediu pra que cuidasse de você e te pegasse no colégio. - o Pedro disse após parar a minha frente.
- Como se eu não soubesse me cuidar e passar o dia inteiro sozinha. - Resmunguei e sair andando.
O Pedro não falou nada o caminho todo, só pediu pra que carregasse a minha bolsa pois percebeu que estava muito pesada, não reclamei por que realmente não estava aguentando e dei pra que ele carregasse, chegamos em casa e logo fui a cozinha fazer algo pra comer.
- Vou ficar jogando, qualquer coisa me chama. - Disse e antes mesmo que eu pudesse responder já estava indo pra sala.
Entrei na cozinha, procurei algum congelado na geladeira, até que encontrei aquelas massas em caixa, coloquei duas no micro-ondas. Subi enquanto esquentava a comida, entrei no meu quarto e tirei aquela roupa super calorenta, coloquei uma camiseta rosa e um short de malha, desci novamente e tirei as coisas do micro, peguei coca na geladeira e chamei o Pedro.
- DEIXA AI, JÁ JÁ EU COMO. - Ele gritou da sala.
- Mania desse povo achar que eu sou surda. - resmunguei.
Almocei e depois fui pra sala, o Pedro me olhou de cima a baixo, fiquei sem jeito, sentei no outro sofá e fiquei olhando o jogo e mechendo no meu cabelo, ele deu uma pausa e foi almoçar, fiquei ouvindo algumas músicas no celular e fechei meus olhos, não tinha nada pra fazer, nem mesmo algum exercício.
- Você costuma ser linda assim sempre, ou só quando ta perto de mim? - Ouvi a voz do Pedro e logo abrir meus olhos. Fiquei olhando o mesmo sem ter o que responder e ele riu. - Ei, relaxa eu não mordo, só quando me pedem.
- Você é idiota assim ou só quando ta comigo? - Falei, encarando o mesmo.
- Não sei, costumo ficar idiota assim quando quero alguma coisa e não consigo ter. - Disse me encarando nos olhos.
- Ah, papo furado! - Desviei meus olhos, não podia acreditar nele, por tudo que o Diego me contou aquele dia no carro, ele não prestava e eu não seria mais um brinquedinho. Ele me segurou com muita facilidade e me levantou como se eu fosse uma boneca, colocando suas mãos nas minhas costas e me pressionando contra o mesmo, não sabia o que fazer, como reagir e muito menos o que falar, então fiquei encarando o mesmo, até que ele disse: - Cê acha o que? Que eu vou brincar com você? Que eu vou te usar como eu uso as outras? Você é a irmã do meu melhor amigo, ele vai me matar quando souber disso, mais eu não ousaria te machucar, não ousaria nem se quer pensar em ver você sofrer, não sei por que to falando essas coisas, só que sentir você aqui perto de mim, sentir você aqui assim, indefesa, pequena, parecendo aquelas princesas quando estão presas e ficam com aqueles olhos piedosos com medo. Acharia mesmo que eu a machucaria?

A mudançaOnde histórias criam vida. Descubra agora