Capítulo 86

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Depois de ter se sujado todo com o chocolate nós voltamos pra casa e ele foi tomar banho, meus pais tinham saído e o Di não tinha chegado do almoço ainda. Fiquei sentada na cama esperando o Pedro voltar, depois de alguns minutos ele entrou no quarto e ficou só de cueca.
- Não posso ficar vendo essas coisas, é improprio para minha idade. - Disse.
- O que? - Perguntou confuso, desci meus olhos até sua cueca e ele riu. - Me polpe viu amor. - Disse e se deitou do meu lado.
- É verdade, eu sou uma menina de família e você fica assim na minha casa. - Disse.
- Você prefere que eu fique sem? - Perguntou.
- Não amor, ta ótimo assim mesmo. - Rir. Ele me abraçou e eu fiquei lendo meu livro que já estava quase na metade.
- To com ciumes desse livro ai. - Disse.
- Não fica amor, dessa vez eu não quero trocar você pelo personagem principal. - Disse e rir.
- É bom mesmo, se não iria rasgar igual o outro. - Disse. Fiquei lembrando de quando ele rasgou e queimou meu livro depois que eu falei sobre o personagem principal, rir sozinha e ele ficou mechendo no celular. - Quero viajar, preciso de sol, mar, surf. - Disse.
- Desde quando você surfa? - Perguntei.
- Vai falar que você não sabia? Eu já te contei sobre isso. - Disse. - A ultima vez que eu surfei foi quando você foi morar com o Diego e não me dava bola. - Riu.
- Não deveria ter dado, você da muita dor de cabeça. - Disse e olhei o mesmo.
- Sou eu que dou dor de cabeça né? Ta bom. - Suas mãos alisam a lateral do meu corpo enquanto me encostava sobre o mesmo, ele começou a ver um filme e eu acabei adormecendo em seus braços, acordei horas depois e o Pedro tava dormindo na cama da Guilia de bruços, fui até o mesmo e dei uma mordida muito forte nas costas dele, ele levantou rápido, sem entender nada.
- O que? Onde? - Disse procurando algo que não existia, comecei a rir muito e logo estava em uma crises de risos. - Eu vou matar você sua pirralha. - Disse e tentou passar a mão nas costas, eu não conseguia parar de rir, ele foi se aproximando de mim e eu subi rapidamente na cama.
- Não amor, não faz nada. - Disse e tentei sair, ele me segurou pelo braço e me puxou, logo eu estava na cama e ele por cima, esperneei tentando sair e acabei machucando a boca dele com um murro.
- Caralho! - Disse e se levantou com a mão na boca.
- Amor vem aqui, deixa eu ver. - Disse.
- Não, sai daqui pra tu não quebrar outra parte do meu corpo. - Disse e entrou no banheiro, fiquei sentada na cama, eu era tão desastrada, depois de alguns minutos ele voltou pro quarto.
- Amor quer que eu pegue gelo? - Perguntei.
- Seria uma ótima ideia né. - Disse. Eu levantei e sair do quarto, percebi que já estava escuro, desci e fui até a cozinha, abri a geladeira e peguei uma jarra com água, procurei um copo e quando tava colocando a água no mesmo a luz da cozinha se apagou, sentir um grito se formar na minha garganta e ao mesmo tempo descer rasgando tudo.
- Pedro. - Gritei.

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