A mudança

Capítulo 61

Terminei de ler a carta e parecia que existia um vazio dentro de mim agora, apenas sentia minhas lágrimas descer, eu precisava ver aquele rosto nem que fosse a última vez, precisava sentir seus lábios então levantei e desci correndo, o Diego estava dentro do carro, ele sabia de tudo e imaginou que isso iria acontecer, eu entrei no carro e ele deu a partida, eu não conseguia parar de chorar e também não conseguia pensar por que o destino fez isso comigo, chegamos ao aeroporto e eu sair do carro sem esperar o mesmo parar direito, comecei a correr rumo a entrada e o Diego vinha atrás de mim, pra meu azar estava lotado, então comecei a empurrar quem eu via a minha frente e desci correndo as escadas até o embarque internacional, não sentia forças na minha perna e não conseguia enxergar quase nada, corri em meio aquela multidão e o vi, parado em frente ao embarque, gritei seu nome e ele se virou pra olhar quem era, seus braços se abriram e eu corri ao seu encontro, pulei ao colo do mesmo e o abracei como se não quisesse mais solta-los, meus olhos se fecharam por alguns minutos enquanto sentia ele me apertar, ele me colocou no chão e olhou nos meus olhos limpando os mesmos.
- Meu amor se cuida por favor. - Disse enquanto deixava escorrer algumas lágrimas.
- Não vai Pedro, me deixa ir com você, eu não quero ficar aqui. - Minha voz saia bastante tremula e ele me segurava forte.
- Você não pode amor, eu volto, eu prometo. Lembra que nós ainda vamos nos casar. - Disse e me beijou, me beijou intensamente e eu o apertava contra meu corpo, por fim ouvimos a última chamada pro embarque dele, me deu um selinho e alisou meu rosto. - Lembra: Te amarei de janeiro á janeiro, até o mundo acabar. - Sorriu e embarcou. O Diego me pegou em seus braços e me abraçou forte, entrei em uma crise de choro e fiquei olhando o mesmo sumir, depois de alguns minutos vi seu avião decolar, não conseguia me mover, então o Diego me levou pro carro em seus braços, eu chorava muito, tremia bastante. Era como se não existisse mais nada dentro de mim, o Diego segurava a minha mão e apertava, ele ficou o caminho todo calado, chegamos em casa e eu sair do carro, ele me tomou nos braços e subiu comigo no colo, me deitou na sua cama e ficou la comigo, chorava lembrando de tudo o que aconteceu, só conseguia lembrar do rosto do Pedro embarcando naquele avião, a minha vida não teria sentido apartir de agora, mais eu precisava ser forte, ele não iria querer me ver mal, mais naquele momento eu precisava chorar tudo o que eu tinha pra chorar. Depois de algumas horas a Guilia entrou no quarto e me abraçou, me abraçou forte e começou a me encher de carinhos, ela cantava a minha música preferida e me apertava mais quando percebia que meu choro iria voltar, seu abraço era reconfortante, ela conseguiu me colocar pra cochilar pois acordei minutos depois chorando desesperadamente, eu fui para o meu quarto e ela foi logo atrás, ficou sentada na cama enquanto eu olhava as minhas fotos com o Pedro.