Capítulo 152

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As roupinhas pra cama e pro berço eram apaixonantes e eu acabei fazendo o Pedro comprar aquele quarto, ele tava infartando olhando os preços mais comprou tudo, compramos banheira e dois baldes, um pra fralda e outro pra roupinhas, fomos em outra loja e escolhemos o papel para parede, o Pedro escolheu um papel rosa bebê com alguns ursinhos no mesmo, depois andamos mais um pouco e eu comprei mais roupa pra ela, mais roupa pra cama, fiz a festa, comprei fraldas e mais fraldas, comprei fraldas de panos, toalhinhas, mantas, enfim comprei tudo e quando tava exausta voltei pra casa, sentei no sofá e meus pés estavam parecendo um bolo de tão inchados que estavam, o Pedro guardou as coisas no nosso guarda roupa e voltou pra sala, deu massagem nos meus pés e ficou me fazendo carinho durante toda a tarde. Quando anoiteceu fui até a cozinha e fiz algo pro Pedro comer, estava sem fome e enjoada, fiquei vendo TV enquanto ele devorava toda a comida.
***
Passou 3 meses e minha barriga estava enorme, eu não conseguia nem andar direito então passava o dia deitada, eu estava com 7 meses e a Guilia com 5, sua barriga tava muito linda e ela teria um menino que iria se chamar Miguel. Era uma quarta-feira a tarde quando eu estava voltando pra casa, não tava me sentindo muito bem então sair mais cedo da aula e fui direto pro apartamento, tinha ido a minha médica e ela falou que me parto séria arriscado, mas que ela iria me acompanhar, mesmo assim não deixei de ficar um pouco nervosa, então ela me tranquilizou falando que apenas poderia acontecer uma hemorragia e eles iriam conseguir controlar, cheguei em casa e sentei no sofá, o Pedro estava no trabalho e o Murilo tinha desligado o celular, tentei falar com os dois e não conseguia, eu comecei a sentir muita dor e a chorar, aquela dor era insuportável, não conseguia nem fechar meus olhos e nem me movimentar, a cada dor que eu sentia eu dava um grito, deveria ser meu dia de azar mesmo, nem a Guilia e nem o Diego estavam em casa, levantei e com dificuldade cheguei ao banheiro pra tomar um banho, talvez fosse o calor e a Lara chutando. - pensei. Tomei um banho rápido e vesti uma camisola, voltei pra sala e me sentei, pra minha sorte a dona Claudia chegou la uma hora depois, ela arruma a casa e faz comida quando eu não to, ela me viu sentada no sofá com a mão na barriga e correu na minha direção.
- O que aconteceu? - Perguntou.
- Minha barriga parece que vai explodir de tanta dor. - Disse e comecei a respirar fundo, eu tava suando e olha que tava fazendo frio.
- Sua bolsa estorou?
- Não, pelo menos eu não sentir nada. - Disse e ela colocou a mão na minha barriga dando leves apertões na mesma.
- A sua filha ta na posição certa. - Disse.
- Que posição? - Perguntei.
- Sua filha está pronta pra nascer Luana, ela ta encaixada perfeitamente. - Disse e eu comecei a entrar em desespero.
- Mas a bolsa não estorou. - Disse e respirei fundo algumas vezes.
- Mas ela quer sair dai. - Disse e continuou apertando minha barriga de leve.

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