A mudança

Capítulo 9

Confesso, fiquei sem palavras.
Ele me olhava nos olhos, eu respirei fundo algumas vezes e ele logo foi me soltando e voltando a jogar. Subi e fui diretamente pro meu quarto, corri pro banheiro e molhei meu rosto algumas vezes, fiquei pensando em tudo o que ele falou, sequei meu rosto e voltei pro quarto. Deitei e fiquei lendo algumas revistas em quadrinho, acabei dormindo e acordei eram 5:00 horas. Levantei e fui ao banheiro pra lavar meu rosto, enxuguei o mesmo e desci, o Pedro ainda estava lá, agora estava com uns papeis na mão.
- Diego ainda não chegou? - Perguntei me sentando no sofá.
- Não, ele falou que se demorasse iria dormir por la mesmo, acho que foi ver uma das mina dele. - Ele respondeu sem tirar os olhos do que estava fazendo.
- Ah, o que você ta fazendo?. - Perguntei me aproximando um pouco dele.
- Uns exercícios da faculdade, planilhas, essas coisas. - Ele respondeu me mostrando tudo. Me sentei ao lado dele e fiquei observando ele fazer as coisas, as vezes dava algumas opiniões e depois ficava quieta só observando, sentia ele me olhar algumas vezes.
Ele terminou e depois subiu pra tomar banho, pensei em fazer o mesmo e fui pro meu quarto, fiquei olhando minhas malas no chão e pensei: Preciso arrumar logo isso pra não virar uma bagunça. Comecei a arrumar todas as minhas roupas no guarda-roupa. O Di tinha preparado um quarto bem feminino mesmo, rosa, com um guarda-roupa e uma cama branca, uma mesa com um notebook e vários livros em uma prateleira a cima da mesinha, na minha cama sempre ficava vários ursinhos de pelúcia e encostada na parede tinha duas poltronas rosas com branco. Arrumei tudo, guardei as malas e fui tomar meu banho, lavei meu cabelo e me enrolei na toalha, procurei alguma roupa confortável, achei um vestidinho branco de malha e acabei vestindo ele, fiquei alguns minutos penteando o meu cabelo e logo depois sequei o mesmo. Desci e o Pedro já estava na sala.
- Você quer comer? Posso preparar alguma coisa. - Perguntei e fui logo indo pra cozinha.
Sentir ele me puxar devagar e me olhar.
- Não precisa, você já cozinhou hoje mais cedo, vamos comer na minha casa, a minha mãe deve ter feito algo. - Disse e logo foi pegando a chave da casa e saindo. Fui logo atrás, tranquei a casa e começamo a andar, conversamos sobre algumas coisas, não queria que ficasse aquele assunto insuportável, comentei como era minha vida com meus pais, dos meus amigos que tive que abandonar, ele me contou algumas das suas historias, fiquei só ouvindo e respirando fundo pra não tratá-lo mal.