Capítulo 154

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A médica saiu e eu sentei novamente, meus olhos encheram de lágrimas e a Guilia começou a rir.
- Para de rir. - Disse e limpei meu rosto.
- Já até imagino a mimação que essa menina vai ser. - Disse.
- E esse garotão ai? - Perguntei e alisei a barriga da mesma. - Vai ser mimado também, mascotinho da família, só não pode da em cima da minha Lara. - Disse e rir.
- Mais oras, quem disse que meu menino vai ser mimado? - Perguntou. - Vai ser bem safado e cuidar bem da sua Lara tá? - Disse e mostrou a língua. - Aliás, sua não, nossa porque eu tenho mais direito do que você.
- Você é sempre assim ou seu momento ilusão está no ar? - Perguntei.
- Pedro, cale-se antes que eu lhe expulse daqui. - Disse e riu.
- Sim senhora. - Disse e fiquei calado olhando pro nada, queria ver a minha filha e a minha baixinha. Fiquei com a Guiu esperando mais uma hora e depois disso falaram que nós poderíamos ver a Lara, ela tava na encubadora e nós a veríamos através de um vidro, fomos até la e eu voltei a tremer e comecei a sorrir feito um bobo, quando chegamos ela tava de frente pro espelho, era tão pequena que a fralda que colocaram quase a engolia. Fiquei olhando a minha princesa ali se espreguiçando até que uma das enfermeira pegou a mesma e trouxe ela perto do vidro, era tão linda, não conseguia abrir os olhos direito, fiquei olhando a mesma e sorrindo, depois de algum tempo tivemos que sair, o Diego voltou pra buscar a Guilia e ajudar ele a arrumar as coisas, fiquei sentado na recepção enquanto a Luana dormia, quase anoitecendo a médica disse que eu poderia ficar no quarto com ela e me levou até o mesmo, entrei e ela ainda tava desacordada, sentei na poltrona e fiquei olhando a TV, depois de algumas horas ela acordou e ficou me olhando, sorrio meio fraco.
- Meu corpo ta doendo. - Disse e se sentou devagar.
- Não faz esforço amor. - Disse e fui até a mesma.
- Cadê a Lara? - Perguntou.
- Ta na encubadora.
- Já viu ela?
- Já sim amor. - Disse e sorrir.
- Não me deixam ver ela porque?
- Eu não sei amor, larga de tantas perguntas. - Disse e rir. - Na hora certa você vai vê-la, ela só nasceu fora da hora toda agoniada igual a mãe. - Rir.
- To com fome. - Fez bico. - Não vai me dar comida não?
- Já acorda pensando em comer. - Disse.
- Carreguei tua filha durante 7 meses e ela devorou tudo que eu comi, quer o que? - Disse. - Quero um hambúrguer bem suculento com um copo de coca-cola.
- Pena que querer não é poder mocinha. - Disse e dei um selinho na mesma.
- Ai amor. - Disse.
- Que foi? Até sua boca ta doendo? - Perguntei.
- Não, mais agora que eu não to mais grávida se eu te beijar ou sentir teus lábios perto dos meus vou ficar toda foguenta e não posso fazer coisas inapropriadas para a minha situação. - Disse e eu comecei a rir.
- O que é foguenta Luana? - Perguntei e rir. - Ta muito safada.
- Não amor, eu to a 7 meses sem prática o ato sexual e tu quer o que? - Perguntou. - Isso não é vida.
- A gente tem uma vida pela frente pra fazer amor. - Disse e sorrir.
- Oh mo.

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