Capítulo 132

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Aproximei meu rosto do seu e sorri ao sentir seu cheiro, era tão agradável, ele tem um cheirinho de bebê, de recém nascido e era tão agradável ficar ali pertinho dele, toquei lentamente o seu rosto e ele estremeceu um pouco, meus dedos iam passando por cada parte do seu rosto, fiquei olhando ele por alguns segundos até que o mesmo apertou a minha cintura lentamente, fiquei observando seu rosto e ele não abriu os olhos.
- Seu cheiro me agrada. - Disse e sorriu sem mostrar os dentes.
- Porque? - Perguntei. - Pensei que você achasse meu perfume enjoado.
- Não é o seu perfume que me agrada e sim seu próprio cheiro. - Disse.
- Como assim? - Eu tava começando a ficar confusa.
- Seu cheiro normal Lu, quando você se molha que a água do mar tira todo o seu perfume e qualquer cheiro que tem em você, e fica seu próprio cheiro, me agrada, é bom ficar sentindo, como agora. - Ele disse e foi aproximando lentamente devagarzinho seu nariz do meu pescoço. - Você não passou perfume e seu sabonete se exalou deixando apenas seu cheiro, tem cheiro de algodão seu corpo. - Disse e por fim abriu os olhos. - Não sei te explicar, mais gosto quando você fica em meus braços sem nenhum perfume.
- Seu cheiro também me agrada. - Disse. - Eu tava sentindo ele antes de você acordar. - Corei um pouco ao falar isso.
- Eu sei, eu tava fingindo que estava dormindo. - Disse e riu.
- Hum que bandido Pedro. - Dei um tapa no ombro dele. - Mais é sério, seu cheiro me traz paz eu acho, tranquilidade, eu acabo adormecendo quando sinto seu cheiro, me deixa sossegada sabe? - Fiquei olhando seus olhos.
- Você ainda vai voltar a ser minha pequena. - Disse.
- Eu nunca deixei de ser tua! - Afirmei.
- Eu amo você. - Disse. Deitei minha cabeça no seu peitoral e fiquei pensando em cada palavra, fechei meus olhos e um flash-back rolou sobre minha mente, todos os momentos que nós passamos juntos, o que eu passei antes de conhecer ele, o que valeu e o que não valeu a pena, toda a minha vida começou a passar na minha cabeça, quando o Diego me ligava pra falar sobre seu melhor amigo, sobre as meninas que eles iam pegar, quando eu tive que ir morar com o mesmo e conhecer seu melhor amigo, quando eu odiei o Pedro e quando eu sentir aquele ódio se transformar em amor, eu sorri com cada momento que eu lembrei, por mais nova que eu fosse a minha vida com certeza valeu á pena.
- Pedro..
- Fala.
- Eu te amo. - Disse e encostei mais meu corpo ao seu.
- Eu te amo muito mais. - Disse. Suas mãos envolviam a minha cintura e ele beijou o alto da minha cabeça, eu não conseguia ficar brava com ele e muito menos longe dele, e pra falar a verdade eu não queria ficar longe dele, foi uma brincadeira de mal gosto, por mas que tenha doído eu não precisava fazer aquilo, talvez foi o impulso do momento, nós dois erramos e sabíamos disso.
- Desculpa, eu não queria te fazer chorar. - Disse e fechei meus olhos.
- Tudo bem princesa, eu errei e agora percebo que meu irmão não é tão amigável o quanto pensei que fosse. - Disse.

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