Baile De Mascaras

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O baile está lindo e eu me sinto orgulhosa de mim mesma. Estou muito emotiva hoje e sinto tanta falda dos meus pais, meu pai adorava programar esse baile anual.


O dia se seguiu arrastando hoje, ignorei todas as mensagens de Edward implorando para falar comigo, foi difícil fazer isso, eu gostava dele e me sentia feliz, mas novamente o meu coração foi machucado e parte da culpa é de Christopher, mas se ele não tivesse me mandado aquelas fotos talvez eu nunca saberia. A multidão de pessoas a minha frente está linda e eu estou aqui em cima do palco com o meu vestido prateado pronta para discursar.


-Boa noite a todos, hoje é uma noite muito especial, a nossa produtora completa 20 anos e esses anos foram de muita luta para chegar até aqui -engulo em sego me lembrando dos meus pais e de como eu os via discursando e hoje eu estou aqui no lugar deles -Hoje eu estou aqui em memória dos meus pais, falando por eles e tenho certeza que eles estão muito felizes, eu só tenho a agradecer aos funcionários e clientes, é uma grande honra promover grandes talentos da música.


Termino o discurso e todos aplaudem. Eu desço do palco e olhos as pessoas que estão lindas em seus trajes de gala, mas ao observar a multidão, uma pessoa se destaca. Eu me aproximo mais do homem e algo gelado percorre a minha espinha. Medo. A tatuagem de caveira na mão dele e os anéis nos dedos...Altura. É ele! Ele está aqui - ele se vira como se soubesse que eu estou olhando, eu perco o folego ao encarar os seus olhos azuis gelados atrás da máscara preta, olhos que eu não via a um ano e que me causam a mesma sensação, medo, paixão e coisas que um ser humano não deve sentir juntas. Ele está cruelmente lindo, mas a sua beleza não basta para negar o que eu estou sentindo agora - ele dá um passo à frente eu dou um passo atras.


Me viro e começo a correr sentindo a minha garganta doer com o nó que se forma nela, esbarro nas pessoas murmurando desculpas, vou para o jardim e paro de abrupto apoiando a mão na parede para recobrar o folego.


-Princesa.


Me viro quando ele me chama por esse apelido que eu odeio amar, ele tirou a sua máscara e eu posso ver o seu rosto nitidamente, tudo o que ele fez recai sobre mim, eu não consigo falar, não consigo emitir nenhum som. Como eu posso sentir um misto de medo e felicidade ao mesmo tempo?


-Porque foge de mim? -ele pergunta se aproximando e eu começo a chorar.


-Você é um desgraçado! -falo chorando apontando o dedo na cara dele -eu perdi tudo, meus pais, minha tia e você se aproveitou da minha dor, da minha fragilidade.


Agora eu estou soluçando e percebo quão magoada estou, ele se aproxima e eu quero tanto me afastar, mas eu não tenho forças para isso.


-Eu me aproveitei sim de tudo isso que você falou, mas a verdade é que eu me apaixonei por você -ele passa as mãos nos cabelos me olhando nos olhos -a muito tempo eu não gostava de ninguém e acho que eu nunca gostei de alguém como eu gosto de você.


-Eu te amei! -grito -e você me magoou, partiu o meu coração, me machucou e me assustou.


-Eu sei disso, mas eu prometo que nunca mais machucarei você, eu já aprendi a lição, foi horrível ficar sem você.


-Mas você ainda continua matando... -balanço a cabeça chorando -eu sei o que você faz com as vítimas, eu li o seu diário -dou um tapa em seu peito e ele segura meu pulso -como pode dizer que me ama, sair para matar, transar com a vítima?


Olha eu colocando o meu ciúme a frente como se o fato dele matar não fosse nada, mas é que eu o amo. Christopher tira a minha máscara e com delicadeza enxuga as minhas lágrimas.


-Não Kiarah, quando eu estava com você eu não fiquei com nenhuma das minhas vítimas, eu apenas matei, pode ler meu diário se quiser, tem as datas lá.

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