Flashback Abril

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Christopher e eu estamos melhores do que nunca, ficamos muito próximos depois do ocorrido e ele nunca mais agiu daquela forma violenta comigo, sinto que ele realmente me ama e a nossa primeira vez juntos foi perfeita, mas confesso que sinto falta dele, ele passa a maior parte do tempo no escritório trabalhando e quando não está lá ele esta fora de casa, nem parece que ele tem dezoito anos. Ele disse que quando tiver um tempo vamos à praia e depois no shopping, mas ele me prometeu isso a semanas e eu estou me sentindo sozinha. Fico tão preocupada quando ele sai. Esses dias ele chegou com uma mancha que parecia sangue na blusa e quando eu perguntei ele riu e disse que era só tinta que estavam pintando na rua e respingou nele. Talvez seja só tinta mesmo.
Estou deitada na cama quando meu celular toca, no começo não reconheço o nome, é Jordan meu amigo de  infância, a quanto tempo não falo com ele.
—Alô, Jordan —digo sorrindo.
—Oi Kiarah, a quanto tempo! —ele diz com voz alegre.
—Verdade, faz muito tempo mesmo.
—Eu soube do que houve com você então decidi ligar, Jolie me contou que você está morando no Brasil.
—Sim, mas logo irei embora.
—Que bom, assim poderemos sair para beber, você, Jolie e eu.
—Mas é claro, estou com saudades amigo —digo me lembrando de como era bom quando estudávamos junto.
—Eu também linda.
Com os olhos cheios de raiva, Christopher levanta da cama e arranca o celular da minha mão o jogando com força na parede, pulo assustada, seus olhos estão gelados, frios e sem emoções. Aimeudeus! De novo não.
—O que é isso? —pergunto, assustada
—Você não me ama mais? O meu amor não está bom para você? —ele pergunta se aproximando de mim me encurralando na parede.
—O que você está fazendo? —pergunto novamente com o coração batendo forte.
—Por que você estava conversando com outro homem?
—Era meu amigo Christopher.
—Você não pode conversar com outros homens, você é só minha.
—Eu não sou um objeto —digo entre dentes.
—Você é minha para sempre —ele diz dando um soco na parede.
—Chega Christopher, acabou tudo entre a gente —digo o empurrando passando por ele.
—Chega Kiarah! —ele diz me pegando pelo ombro me jogando contra a parede me dando um tapa no rosto.
Abro a boca chocada com o que acabou de acontecer, suas mãos estão apertando forte meus ombros, não posso admitir que ele faça isso comigo, Christopher se transformou em uma pessoas que não reconheço mais.
—ME SOLTE AGORA! TIRE SUAS MÃOS IMUNDAS DE MIM! —grito, me debatendo descontroladamente.
Os olhos dele ficaram gelados e agora eu entendo, sim eu entendo, antes achava que seus olhos eram tristes, mas não era isso, os olhos de Christopher sempre foram frios sem um pingo de compaixão ou humanidade eu posso ver isso agora.
—Você não tem o direito de falar assim comigo Kiarah, entrou na minha vida e agora não pode mais sair —ele diz apertando meu pescoço com uma das mãos.
As lágrimas rolam do meu rosto, estou chocada demais para pensar em fazer alguma coisa. Como uma pessoa pode mudar assim da água para o vinho? Acho que ele sempre foi assim, só não teve a oportunidade de mostrar esse seu lado antes, ele me enganou direitinho dizendo que me ama.
—Não chore princesa, quanto mais você chora, mas eu fico excitado, eu gosto de dor, eu jurei que não faria isso com você, mas não está facilitando comigo kiarah, eu venho tendo paciência com você a meses —ele diz com um sorriso.
—Que tipo de pessoa você é? —pergunto, chorando ainda mais, tomada pelo pânico.
Ele sorri para mim aproximando seus lábios da minha orelhas.
—I´m a psychopath, princesa! —ele sussurra em meu ouvido me fazendo arrepiar de pavor.
Minha respiração está descontrolada, como eu pude ser assim tão burra? Como eu não percebi os sinais bem na minha frente? Devia ter ido embora aquele dia que ele me manteve trancada no quarto.
—Você tem que me respeitar Kiarah —ele diz com a voz comedida.
—Você é um desgraçado, eu te odeio! —digo cuspindo em sua cara.
Christopher me joga na cama dando vários tapas em meu rosto, enquanto eu me debato descontroladamente, eu o empurro com força o fazendo cair, me levanto e corro até a porta, mas ela está trancada, Christopher me abraça por trás.
—Essa é a parte que eu mais gosto, ver  a vítima fugir de mim —ele diz em meu ouvido mordiscando minha orelha.
Ele me arrasta novamente até a cama, amarrando minhas mãos na cama com uma de suas gravatas. Eu me contorço e me debato descontroladamente.
—Me solte, por favor —imploro chorando.
—Você é minha, vou mostrar a você o prazer verdadeiro que você não se permitiu sentir até hoje.
—Por favor, Christopher, não faça isso comigo, você era uma pessoa tão legal —digo chorando na tentativa que ele me deixe ir.
—Eu ainda sou amor, não se preocupe, você apenas sentirá prazer.
—Mas eu não quero —digo me contorcendo.
Ele não diz nada, apenas rasga minha camisola me deixando seminua, choro e grito, mas não adianta pois não tem ninguém aqui para me salvar, me contorço e o chuto quando ele tira minha calcinha.
—Pare por favor, pare, eu não quero —digo chorando.
Ele vem até mim e beija meus lábios, mas então eu o mordo.
—Me mordeu? Eu gosto de dor querida —ele diz sorrindo — eu não queria ter que fazer isso com você — ele fala fazendo um beicinho —mas você está muito rebelde, Kiarah e eu não gosto disso.
Arregalo os olhos vendo um canivete brilhar em sua mão, respiro rápido com medo, ele recosta a lâmina gelada em minha pele.
—Não se preocupe princesa, não posso fazer um corte muito fundo ou você morre, sabia que a sua veia artéria passa aqui —ele diz pousando o canivete em minha coxa.
—Não por favor, por favor, não faz isso comigo, eu te amo, lembra? —digo tentando de alguma forma fazer com que ele pare.
Solto um grito agudo quando ele corta a minha perna, a dor é cortante, minha perna arde, me contorço querendo colocar a mão ali para estancar o sangue, mas estou presa, Christopher lambe meu sangue, essa é  sena mais assustadora que eu já vi na minha vida.
—Como é delicioso! Seu sangue é doce amor, agora eu quero que você goze para mim —ele diz colocando a boca em minha parte íntima.
Me contorço, como ele pode esperar que eu goze para dele depois de tudo o que fez?
—Você é muito teimosa —ele diz vindo até mim.
Grito quando sinto a dor, ele faz movimentos lentos.
—Porque fez isso? Sabia que eu não queria, você um louco, um sádico.
Me arrependo de ter dito isso, pois só o irrita mais, ele faz um corte em meu braço e novamente ele lambe meu sangue.
Fecho os olhos sentindo as estocadas dele em mim, repugnando ao ouvir os gemidos de prazer dele, gemidos esse que antes eu gostava e agora eu abomino. Só quero que isso acabe logo, nesse momento não sinto mais vontade de viver, apenas fico parada sem vida, sem reação esperando que ele termine o que tem de fazer, porque eu tenho certeza de que ele vai me matar depois disso.

A ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora