O que você faria se alguém que amasse muito te pedisse para se desapegar e seguir sua vida sem ela? Essa resposta eu busco dia após dia a quase cinco anos. O meu grande amor foi tirado da minha vida prematuramente, e sem ter onde me segurar, eu come...
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Que manhã extraordinária eu tive o prazer de vivenciar. Nunca imaginei estar dentro de um carro de corrida em alta velocidade com um piloto profissional. Aquele era o ambiente do LJ, e ele estava leve como nunca tinha visto antes.
Ele cumpriu o prometido e me levou para um almoço em um restaurante maravilhoso, que nunca tinha ido. Ele entrelaçou seus dedos aos meus como se fossemos namorados e tinha a segurança e superioridade no olhar que sabia o seu local no mundo. Então, fiz o mesmo que ele, fingindo ser uma igual. Sorri por estar apreciando um lugar de elite.
- Gostou de correr, Beca. – Sorri para o novo apelido que ganhei.
-Beca?
-Sim. Eu queria ter um apelido só para mim usar. Sou possessivo. – Ri mais ainda.
-Você é um mimado, isso sim, mas gostei do apelido. Vou te dar um também. Que tal, Leo. – Ele travou e vi que ficou sem graça. – Esquece. Você já tem um apelido.
-Não. – Ele falou. – Uma pessoa muito querida me chamava assim, mas ela já não faz parte da minha vida a muito tempo.
-Se te trás lembranças difíceis não te chamarei assim.
-Muito pelo contrário, foi a melhor época da minha vida. Para você, eu deixo me chamar dessa forma.
-Certeza? – Ele confirmou e escolhemos nossas refeições do cardápio. – Você não bebe nada alcoólico, Leo? – Era estranho, mas me senti confortável o chamando assim.
-Eu bebo, só não sou o maior fã. Odeio cerveja e vinho seco. Mas, amo um vinho suave e tequila.
-Jura? – Perguntei. - Não te imagino virando um shot em um bar.
-E nunca vai me ver fazendo isso. – Falou. – E você, o que gosta de beber?
-Gosto de gin e sou apreciadora de um bom vinho. E gosto de tomar uma cervejinha com os amigos, mas nada exagerado. – Rimos e ele fez uma careta.
Falamos sobre a sua corrida, e o meu convite que ele reafirmou, avisando que levaria na próxima sessão. Falei sobre o meu período de faculdade e minha família que morava em Campinas, e no qual estava com muitas saudades.
-É tão perto, porque não vai no final de semana. – Abaixei a cabeça e fiquei sem graça de falar sobre o assunto. – O que foi?
-Meu noivo tem trabalhado muito, principalmente nos finais de semana. E a viagem de ônibus tem horários ruins para ir e voltar.
-Se você quiser, posso te emprestar o meu carro. Você tem habilitação?
-Claro que sim. Mas, nunca aceitaria um carro emprestado. Isso está fora de cogitação.
