That Awful Boy

Vinte e Seis

Água com sabão encharcou a parte de trás da capa de Severus enquanto Lupin o empurrava contra a pia e se inclinava para beijá-lo, mas ele mal prestou atenção. Eles se atrapalharam por um momento, lábios muito rachados e mãos muito nervosas, até que Lupin se afastou para molhar os lábios e retornou com confiança renovada. Severus o deixou liderar o caminho. Ele nunca tinha ouvido rumores de nenhuma aventura escolar entre Lupin e qualquer outro aluno, mas ele certamente era pelo menos um pouco mais experiente do que ele próprio.

Suas roupas estavam grudadas na umidade de sua pele, mesmo no frio da noite, mas Lupin não pareceu se importar com o fato de suas palmas terem ficado úmidas de repente. Ele o agarrou pela cintura e encaixou seus quadris juntos. Severus exalou bruscamente e inclinou a cabeça para trás, e então a sacudiu para frente quando Lupin decidiu se agarrar em seu pescoço e chupar, intensamente. Suas testas bateram juntas.

“Desculpe,” ele arfou.

“Você está bem.” Havia um sorriso na voz de Remus. Ele puxou os fechos da capa de Severus, soltando alguns—apenas o suficiente para ele enfiar uma mão para dentro e puxar sua camisa para cima. Ele pressionou uma mão no estômago, os dedos se abrindo bem, e Severus gemeu como se tivesse sido arrancado dele com um soco. Então, quando Lupin passou a mão livre pelo cabelo, agarrou um punhado e puxou, ele gemeu ainda mais alto.

Ele só tinha começado a se divertir completamente, enquanto Lupin rolava seus quadris juntos e mergulhava sob o cós de suas calças, quando alguém soltou um suave “oh!” na porta e fez o mundo desabar sobre ele.

"Oh, puta merda, e-eu sinto muito, eu não— eu não queria— puta merda." Potter fez contato visual com ele por cima do ombro de Lupin, e Severus sentiu uma pequena fração de sua alma murchar e morrer. O garoto colocou a mão sobre o rosto avermelhado e recuou, ainda gaguejando de forma ininteligível, com os óculos agora tortos. “Ah, merda, eu realmente não… Eu só precisava do—do er—do banheiro. Antes de dormir. Desculpe. Você acha que eu poderia—?”

Se afastando bruscamente do Lupin em choque como se tivesse sido queimado, Severus se virou. Ele fechou seu manto e cobriu os olhos em horror. Uma eternidade pareceu passar antes que qualquer um deles ousasse falar.

“Vá em frente,” Lupin disse em uma voz que parecia anormalmente alta.

O garoto cambaleou até o banheiro e bateu a porta atrás de si. E tanto Severus quanto Lupin exalaram como um só.

"Sinto muito", disse o lobo, assim que Severus deixou escapar: "Esqueci que ele estava acordado.”

Eles falaram ao mesmo tempo, e então pararam novamente. “Você primeiro,” Lupin disse.

“Eu esqueci que ele estava acordado.” Que idiota ele era, fazendo algo assim bem antes da meia-noite, quando o garoto certamente estaria acordado e andando.

“Você está preocupado que ele conte a alguém?” Remus passou a mão pelos cabelos e fechou os olhos com força. “Droga, isso é tudo culpa minha… Nós poderíamos dar nossas desculpas. Dizer a ele que ele viu errado. Que eu estava, ah…”

“Tirando algo do meu olho?” Severus terminou sarcasticamente. “Fui eu quem começou, e não dou a mínima para o que alguém saiba sobre— nós, lobisomem. Essa não é a minha preocupação.”

“Acho que é bom saber. Obrigado, Severus. Você não quer que ele saiba que seu professor maligno de Poções tem uma vida sexual como a de todo mundo, então? De qualquer forma, isso não deveria ter acontecido… Não sei o que deu em mim. Harry não deveria ter sido colocado em uma situação como essa.”

Ele terminou de se endireitar (virando-se novamente para ajustar as calças) e foi até o fogão para verificar sua poção abandonada. Severus se mexeu apaticamente na massa cinzenta congelada dentro do caldeirão. Era tão grossa e arenosa quanto concreto molhado. Inútil. Ele lançou um evanesco para a bagunça e jogou o caldeirão usado na pia. “Eu não chamaria isso de vida sexual”, ele murmurou, abrindo a pia no máximo e alcançando os restos da poção de concreto com uma esponja.