𝐶𝑂𝑁𝑁𝐸𝐶𝑇𝐼𝐶𝑈𝑇 | Paige Bueckers

CAPÍTULO 36- NOITE DO VINHO

PAIGE BUECKERS
EDINA- MINNESOTA
22 de julho de 2022

Acordo sentindo duas patinhas arranharem minha barriga por cima do cobertor. Star já está cumprindo o seu papel de padeira em minha barriga.
Aos poucos, vou abrindo meus olhos, notando que Aubrey já não está mais aqui.

Com cuidado, tiro Star de cima de mim e me levanto, sentindo a preguiça me atingir. Procuro meu telefone entre os cobertores, e logo o encontro.

Nova mensagem de Pai
Não estou na cidade essa semana, tive que vim para Oklahoma. Mas estarei no próximo jogo na Carolina do Norte.

Guardo o telefone novamente e  sigo para o banheiro, onde tomo um banho quente e aproveito para lavar o meu cabelo.

Ao descer as escadas, procuro por minha mãe ou por Aubrey, mas não as vejo em lugar algum. A mesa está repleta de coisas, mas nenhum sinal delas. Apenas pego uma tigela de bolinhos e saio, continuando minha procura.

A primeira coisa que vejo ao sair para os fundos de casa, é Aubrey ajudando minha mãe a levantar uma tábua consideravelmente grande, caída sobre o seu canteiro de rosas.
S

ei que minha mãe está ali apenas por enfeite, porque não está ajudando em nada.

– O que vocês estão fazendo? – pergunto enquanto me aproximo.

– Star e Júpiter derrubaram essa coisa. – Aubrey diz, terminando de levantar e a encostando na parede. – Bom dia.

– Obrigada, querida. – Minha mãe a agradece. – Você é bem mais forte do que aparenta.

– Se quiser ajuda pra replantar as flores, eu posso ajudar. Meu pai me deu muitas dicas de jardinagem.

Isso parece ter enchido os olhos da mais velha, que abre um enorme sorriso para Aubrey.

– Tão gentil... Muito obrigada, querida. – apertou sua bochecha. – Vou pegar as luvas.

Então ela sai, deixando leves batidinhas em meu ombro.
Olho para Aubrey, que observava atentamente o canteiro de rosas, como se tivesse algum tipo de tesouro escondido ali. Eu quis rir e beijá-la, mas me seguro.

– Estão se dando bem. – comento.

– Sua mãe é um amor! Deveria aprender mais a ser como ela. – deu de ombros, começando a mexer nas rosas, sem esperar pelas luvas.

– Sabe? Digo o mesmo. Sua mãe é um poço de alegria, não tem nada a ver com você. – perturbo, me aproximando.

– Acho que vou levar a Amy e deixar você aqui. – continuou.

Ri – Mas quem te trouxe foi eu, abusada. E pare de mexer nisso sem proteção, essas rosas são cheias de espinhos.

– Não seja mesquinha, Paige. – revirou os olhos.

– Não seja irresponsável, Aubrey.– retruco, imitando sua voz.

A loira apenas ri, negando com a cabeça.

– Por que você não ajuda? Se quiser eu te ensino. – me olhou. – É muito útil saber recuperar rosas esmagadas.

Me agacho para ficar na mesma altura – ou quase – e pego uma rosa esmagada.

– É assim que você vai ficar depois do próximo jogo, quando eu marcar mais pontos que você.

– Talvez você fique assim também, mas por outros motivos. – deu de ombros.