Capítulo 235 - A Tristeza de Aileen

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Ella

Assim que Sinclair voltou e eu fui liberada do repouso na cama, finalmente tive a oportunidade de visitar a viúva de Hugo, Aileen. Pelo menos, pensei que teria a chance, em vez disso, fui afastada de sua porta e informada em termos inequívocos que ela não estava aceitando visitas. Voltei todos os dias desde então, mas esta manhã é a primeira vez que ela me permite entrar.

- Existe algo que eu possa fazer por você? - pergunto a ela gentilmente, sabendo que não devo oferecer desculpas vazias e condolências - Nada mesmo?

- Você já está. - Ela responde ironicamente, olhando para mim de sua cama - Você sabe que você, Dominic e Henry são os únicos que vieram me ver? Não apenas para me dizer o quão incrível Hugo foi ou dizer o quanto eles têm pena de mim, mas para descobrir como estou, porque você realmente se importa. E de vocês três, você é a única que não recebeu a mensagem para me deixar em paz.

Eu dou de ombros, não me sentindo nem um pouco arrependida.

- Às vezes queremos ser deixados sozinhos justamente quando não deveríamos. - franzo a testa, pensando nos outros lobos do palácio, nossos compatriotas - E não leve a ausência dos outros para o lado pessoal. Todos estão presos em suas próprias preocupações com a guerra, e ninguém gosta de ser lembrado de quão rápido tudo pode ser levado embora... Sua dor torna impossível evitar.

Aileen bufa.

- Você não faz rodeios, não é?

- Você prefere que eu faça isso? Que eu diminua a gravidade de sua perda por uma questão de educação? - pergunto, esperando que eu não esteja calculando mal. Minha oração é que um pouco de psicologia reversa ajude Aileen a voltar a si mesma pelo bem de seu filhote, que tem passado muito tempo no berçário desde que sua mãe desapareceu em seu luto.

- Eu ainda tenho meu filho. - Aileen responde com firmeza, lembrando-se do fato de que vim pressioná-la

- E como está Davey? - Pergunto incisivamente, embora já saiba a resposta. Sinclair e Henry têm passado todo o tempo que podem com o pobre cachorrinho, não que isso seja muito. A terrível realidade é que nenhum de nós tem largura de banda para dar aos enlutados a atenção que merecem, mas o mesmo se aplica a todos os refugiados. Fazer nosso trabalho como líderes significa negligenciá-los no presente, para que possamos garantir que eles tenham um futuro.

O olhar de Aileen cai para seu colo, uma expressão de profunda vergonha dominando suas feições.

- Ele está arrasado, é claro, ele pensou que seu pai pendurou a lua. Ele é a única coisa que me faz continuar... Se ele não estivesse aqui, eu acho...

- Ele está aqui? - questiono gentilmente, olhando ao redor da sala vazia.

- Eu o mandei embora. - ela confessa, com lágrimas nos olhos - Eu mantive nosso vínculo aberto, mas apenas por pouco. Eu não queria que ele me visse assim.

- Talvez ele precise ver você assim. - eu sugiro, alcançando as mãos dela e apertando-as com força - Talvez ele precise ver que você está sofrendo tanto quanto ele. Hugo não é o único que pendurou a lua para ele, Aileen. Mas agora ele está fazendo tudo sozinho.

- Mas os outros filhotes... - Aileen argumenta - E o Alfa. Certamente eles vão...

- Eles não são a mãe dele. Não é o mesmo. - insisto, levantando-me - Venha comigo para visitar o berçário, venha ver Davey. Ou deixe-me trazê-lo para você.

Ela hesita, olhando para um espelho na parede oposta. Ela certamente parece um pouco pior pelo desgaste, com grandes olheiras sob os olhos e cabelos sujos e escorridos.

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⏰ Última atualização: 11 hours ago ⏰

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