Cap:2

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O fato é que comecei a ficar cada vez mais ligado nele e comecei a perceber que ele fazia questão de me dar atenção. O domingo foi ótimo, encontramos um paredão um pouco maior para descemos, uns 20m talvez. Arrumamos as coisas e voltamos na noite de domingo.
No caminho ele pareceu muito mais próximo de mim do que quando partimos e disse devíamos acampar novamente juntos no próximo feriado. Quando ele me deixou em casa me deu um abraço forte, percebi seu corpo de outra forma, notei como era gostoso o calor do seu abraço e me permitir curtir aquele momento.

- Amanhã eu te ligo - disse ele quando entrava no carro.

Tentei falar com Luíza e sua mãe disse que ela estava dormindo já. Ele me telefonou me convidando para almoçar com ele na segunda. Eu aceitei e repetimos isso ontem na quarta-feira. Luíza só atendeu seus telefonemas na terça à tarde dizendo que ia ter que viajar para porque sua avó estava doente.

Marcelo acabou de me telefonar perguntando se eu quero passar o final de semana com ele no sítio do pai dele, o que devo responder?

Amigos o fato é que eu acho que estou apaixonado pelo namorado da minha amiga, o que devo fazer?

Marcelo chegou e tocou o interfone, fiquei gelado e estático. Pensei que se não atendesse ele talvez fosse embora, ledo engano; acho que pensei assim porque eu o queria ver, mas sentia certo receio, sei lá; Ele me ligou no celular e não tive como negar que estava em casa porque na hora em que atendi, justo na hora, passava um carro de som, daí não havia como escapar. Eu atendi e ele perguntou se o interfone estava funcionando eu disse que às vezes ele dá umas palas e ele emendou dizendo:

- deve ser por isso que você não ouviu eu tocar! Abre a porta pra eu subir. - Como eu ia dizer não?

Ele subiu e eu abri a porta do apartamento, eu estava só porque meus pais haviam viajado, ou pelo menos tentariam, a promessa é que não haveria "apagão aéreo", faz um bom tempo que não visitam minha irmã e aproveitaram a páscoa pra isso.
Bom ele entrou e eu, sem graça de dizer que não ia, perguntei se ele queria tomar alguma coisa ao que ele respondeu que sim dai perguntei o que ele preferia, água, suco, café, cerveja e disse que só não tinha vinho. Ele me olhou sorrindo dizendo que o que eu quisesse oferecer. Como o dia estava abafado eu ofereci uma cerveja que tomamos na varanda. Falamos sobre o caos aéreo e sobre futebol, e eu estava querendo mesmo era dizer que preferia não ir para o sítio do pai dele. A certa altura ele disse:

-Bom vamos arrumar a sua mochila?

Eu disse sim, sem pensar direito e achando no meu íntimo que estava indo de encontro à tentação. Marcelo estava usando perfume delicioso que eu não conhecia e que mesmo apesar do calor não incomodava. Como ia negar alguma coisa para aquele cara tão legal? Como dizer para ele que ele dirigiu até aqui de graça? Poxa vida, o que eu ia fazer? Bom, fomos para o meu quarto e comecei a arrumar a mochila.
No meu quarto só há minha cama, o armário embutido, a mesa com este computador e uma cadeira de plástico que estava rachando. Ele ficou de pé e eu disse que ele podia sentar, ele puxou a cadeira e nela sentou, mas como ele é muito mais pesado que eu, ela não agüentou e rompeu e ele caiu. Foi muito engraçado, ele não se machucou e começou a rir, e eu o acompanhei no riso enquanto eu o ajudava a levantar.

- Acho que eu estou te devendo uma cadeira nova não? - Disse ele com aquele sorriso que me hipnotiza. Eu disse que nada. Ele se levantou e sentou na minha cama rindo e dizendo: - essa daqui eu acho que não quebro.

Pensei comigo: Quem dera, mas afastei o pensamento e voltei a arrumar a mala. Ele disse que meu quarto era organizado e que isso era um ótimo sinal. Eu devo confessar que adorei a visão de tê-lo sentado na minha cama e ainda mais porque o seu cheiro ficou no meu quarto. Mais tarde descobri que o perfume que ele usa é um Armani. Terminei de arrumar tudo e descemos. Entrar no carro dele era relembrar como foi agradável o final de semana passado. Nos dirigimos para o sítio do pai dele; no caminho perguntei se havia conseguido falar com a Luiza. Ele respondeu que ela havia telefonado pra ele e dito que estava tudo bem e pra ele não se preocupar, que voltava logo, mas que sua avó não estava bem.

O namorado da minha amiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora