Cap. 27

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Durante o trajeto novamente observei que vez por outra nosso condutor observava os carinhos discretos que trocávamos e até levemente se assustou quando Marcello de cansado, descansou a cabeça em meu colo; o que ele terá pensado ignoro. Que sejam dois dias, estar separado de quem se gosta dá saudade.

Os pais de Marcello estão na chácara faz dois dias. Marcello perguntou se eu queria que ele preparasse algo, mas preferi pedir por telefone, como ele estava exausto imaginei ser melhor poupá-lo de esforço qual fosse. Pedi duas pizzas grandes, hihihi achei que Marcello estaria morrendo de fome e não me enganei. Hihihi bendito apetite.

Falamos sobre a viagem e de coisas outras. Mal podíamos esconder que nossos corpos se queriam e nesse amor de bicho, guiados pelo cheiro um do outro onde corpos se entregam e bocas se procuram, de Marcello ouvi:

"... não quero que minha existência se espiche além da sua, minha vida. Sonhar com você longe me faz esquecer quem sou"

Ao ouvir isso, percorri seu corpo e de parte em parte e ao beijar uma delas... uma surpresa e uma certeza. Meu nome estava gravado sobre sua carne. A vermelhidão característica das tatuagens recentes revelava. Meio minuto para entender o que era, estava eu absorto então.

"...É assim que você está em mim. Carne, sangue, nervos... é tudo seu, tudo que há em e mim e minha alma também, você é o meu dono e dono da minha vontade. Eu tingirei o céu de preto se for necessário pra você viver do meu lado. Não dá mais pra ficar longe. Me aceita por favor na sua vida, pois eu já não mais sei viver sem que seja do seu lado."

Disse-me me prendendo no braço quente que só ele pode me dar.

"Mora comigo, vem pra minha vida, deixa-me cuidar de você. Não faz mais sentido qualquer distância, alugamos alguma coisa e pronto, não faz diferença desde que você, Cláudio seja ao meu lado, Não quero lhe pressionar, mas quero que considere que o tempo chegou" Marcello prosseguiu agora me olhando nos olhos. Nos beijamos e dormimos.

Acordei durante a noite e pensei no que ele havia me dito e ponderei a certa de tudo que há entre mim e Marcello. Na manhã seguinte ele me deixou no trabalho e a tarde combinamos dele me apanhar na faculdade. Ao regressar à casa dos meus pais à noite antes da faculdade recebi a notícia que a transferência do meu cunhado saiu e que ele terá de se apresentar logo. Minha irmã, Meu cunhado e minha sobrinha passarão um tempo conosco até encontrarem um apartamento funcional.

No final daquela manhã regressamos à agencia e fizemos um aporte em um programa de previdência privada para nós dois. Marcello havia tempo falava sobre isso e hoje concretizamos. Meus pais ainda não sabem que sairei de casa e penso nisso a todo momento. Indago-me sobre a melhor forma de dizer e não tenho resposta. Só sei que quero ser ao lado de Marcelo.

Na noite véspera do feriado, antes de Marcello e os meninos me apanharem recebi uma chamada de Curitiba, minha irmã pedia para que eu limpasse o quarto dela porque ela chegaria no sábado.

Como minha mãe tem se queixado de dores nas costas, somado a isso o fato de estarmos sem uma pessoa que nos auxilie em casa concordei em limpar; havia mal começado quando Marcello chegou e vendo que eu tinha essa última tarefa, sem que eu pedisse, ele, o Guto e o André me ajudaram e foi até divertido.

Marcello é como eu, não temos muito jeito para afazeres domésticos, mas o Gutinho e o André são dois exímios "donos de casa". Terminado o trabalho, outra ducha tomada viajamos, todos para Caldas Novas, e foi um feriado delicioso.

Fomos com Guto e André ; lá chegando encontramos alguns amigos nossos. Ficamos no apartamento de um amigo do André, os meninos concordaram em ceder a suíte para Marcello e eu. "... Adoro esses dois" disse a Marcello e completei "Eles são muito delicados conosco". "Culturalmente sensíveis" Completou Marcello em nossa conversa enquanto tomávamos uma ducha.

O namorado da minha amiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora