Cap 11.

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Bem, a aula foi muito legal, acho realmente que estou no curso certo, e essa matéria de estatística aplicada me absorve realmente. No intervalo conversei com alguns amigos que havia tempo não nos falávamos, inclusive com o Rubinho que reclamou em tom de brincadeira que eu estava sumido demais da conta.

Uma das amigas que Luiza e eu temos em comum me informou que ela havia enviado um e-mail dizendo que logo voltava e perguntou por todos, fiquei desconfortável com isso, mas não demonstrei, às vezes me sinto roubando algo de alguém, contudo não quero me afastar de Marcelo, mas não gosto de lembrar da Lu com um fantasma ameaçador embora a sinta dessa forma hoje, isso não é fácil para mim em razão de sermos amigos e dela gostar muito. Bem isso é mais um espeto que tenho que amolar. Uma das meninas comentou baixinho o ouvido de outra algo relacionado a Luiza que não pude identificar, mas que não dei importância, pensei ser coisa do tipo fofoca, o que amigas sempre fazem entre si.

Depois da aula voltei para o estacionamento onde esperei Marcelo que não tardou, mas como Guto me enganara mais cedo, mesmo que sem intensão expressa, eu fiquei de sobre aviso. A moto se aproximou e vi o condutor fazer um sinal com a cabeça para que eu subisse sem nada dizer enquanto me entregava o capacete. Acho que exitei por um segundo daí Marcelo tirou o capacete e me disse sorrindo.

— Coelhinho, sou eu, não precisa ficar com medo não, não foge de mim não. Guto me falou no susto que ele te deu.

Mordi os lábios e pus o capacete, mas quando ia subindo na garupa ouvi

— Não está faltando nada não? Agora é só o Guto que ganha abraço? — Marcelo me disse em tom de brincadeira.

Eu desci e dei um o abraço mais apertado que pude nele. Que retribuiu me dando um beijo no nariz porque eu estava de capacete; ele disse

— Eu estava precisando desse abraço, coelhinho, eu estou morto de cansaço e amanhã vai ser uma guerra, mas as coisas já estão prontas pra gente acampar no feriado.

Daí ele me deixou em casa, descemos da moto e sentamos no cordão da calçada, digo, meio-fio. Conversamos um pouco e ele me relatou tudo que havia passado e como alguns diretores estavam irritados com o ocorrido, me disse que marcou uma entrevista pra mim na próxima sexta à tarde e que estava torcendo por mim, mas que sabia que eu ia conquistar a galera.

O salário é simplesmente o dobro do que ganho agora e se isso for verdade, meu Deus. A certa altura, senti que ele estava meio cansado e disse que era melhor ele ir pra casa descansar, mas ele quis ficar mais um pouco. Os olhos dele já estavam meio vermelhos, acho que era o sono e o desgaste de horas na frente da tela do computador.

— Estou mesmo um trapo de tão gasto de cansaço, há problema se eu dormir com você hoje? — Ele me perguntou ao que respondi que não e que ia mesmo oferecer porque não estava certo se ele ia guiar até a casa sem problemas.

Ele guardou a moto na garagem dentro do bicicletário e subimos.

Minha mãe me esperava e disse a ela que Marcelo dormiria aqui em casa, (outros amigos e amigas já dormiram aqui e ela não estanhou), mas como o Marcelo está fazendo um ótimo trabalho de conquistar meus pais, ela achou até legal e arrumou o quarto que era da minha irmã para ele. Eu emprestei um pijama meu, mas Marcelo me devolveu dizendo que ia ficar pequeno daí minha mãe emprestou um do meu cunhado que havia ficado aqui da última vez junto com outras roupas. O tamanho era quase igual ao que Marcelo usa que é G e ia ficar melhor e mais confortável que o meu ficaria nele.

Daí ela disse a ele poderia usar o banheiro do quarto e lhe entregou umas toalhas e sabonete, (minha mãe é muito atenciosa com as visitas e mantém o quarto da minha irmã sempre arrumado para recebê-la quando ela vem). Ela disse também que se ele precisasse que qualquer coisa que fosse era só me pedir, me deu um beijo e foi de deitar. Fiquei no quarto assistindo televisão enquanto ele tomava um banho, quando saiu ele estava um gracinha, a calça do pijama estava grudada no corpo e a camisa ficou baby look marcando o corpo todo dele e mostrando um terço do abdômen. Ele deu um sorriso percebendo que havia ficado muito apertado, mas disse que tudo bem e que era só para dormir mesmo.

O namorado da minha amiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora