Cap 8.

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Marcelo veio me pegar para o almoço e a mulherada daqui ficou toda ouriçada, assanhadas mesmo!

' Nossa, quem é esse gato que está lá fora te esperando, Cláudio? Ele tem namorada? Ele é seu amigo? Você me apresenta pra ele? Como é o nome dele?'
Foi uma chatice só. Algumas deram em cima dele descaradamente. Poxa, só porque são mulheres acham que são irresistíveis e que têm direito de dar em cima dos caras? Depois reclamam quando são os caras que dão em cima delas.

Marcelo, como sempre se fez de desentendido e notou que fiquei aborrecido com aquele assédio ridículo que minhas colegas de estágio estavam fazendo. Notei que ele deu um discreto sorrisinho quando viu que fiquei puto com aquilo (acho que ele gostou, não sei, mas deu essa impressão). Quando entrei no carro eu estava meio que de cara fechada e Marcelo notou.

- Ei mocinho, me dá um sorriso - disse ele olhando para mim.

Eu não pude resistir e sorri e ele emendou:

- Odeio mulher oferecida.

Eu fiz coro dizendo:

- Eu mais ainda - ele soltou uma gargalhada gostosa e me deu uma mordida orelha. Passado esse aborrecimento encontramos Guto que já nos esperava no restaurante. Guto abraçou o Marcelo e me deu um beijo na testa; pela primeira vez notei que algumas pessoas estranharam isso, mas ao que parece Guto não liga e acho que eu também passei a não me importar afinal se pode no Big Brother porque não na vida real? kkkkk

O almoço foi legal, Guto contou animado sobre a nova função e contamos piadas, sorrimos, brincamos. Após o almoço continuamos sentados à mesa falando mais e mais - pulamos de um assunto para outro sempre - enquanto conversávamos, houve um momento em que Marcelo segurou minha mão sob a mesa e assim permanecemos por um bom tempo. Foi muito natural e carinhos assim ocorrem sem que prestemos muita atenção, ocorrem simplesmente. Por volta das 14h nos despedimos de Guto e Marcelo me deixou no trabalho, mas dessa vez pedi que ele entrasse pela garagem que àquela hora não tinha movimento e para evitar aquela barangada secando ele, que ódio fiquei daquela mulherada. Antes de descer ele me deu um abraço e passou a mão pelo meu cabelo.

- Eu te ligo mais tarde - disse Marcelo se despedindo. Quando cheguei à minha sala percebi que Marcelo havia esquecido seu celular comigo, antes ele havia me pedido para guardá-lo no meu bolso. Liguei para o trabalho dele e deixei recado. Ele me retornou dizendo que passava para me levar para facul à noite e aproveitava para pegar o celular.

Durante à tarde o telefone dele tocou algumas vezes, mas não atendi; uma das chamadas era de BH. Ele recebeu muitas mensagens, mas também não mexi, o telefone é dele e acho que não seria certo fuçar. À tarde ele passou para me apanhar pela garagem e entreguei a ele o celular ele que o pôs no bolso em seguida me deu um beijo na testa. Ele me levou para a facul e quando lá chegamos vimos algumas pessoas na porta o que é movimento anormal para aquele horário. Quando estacionamos paramos o carro perto do carro do pai do Rubinho que estava encostado nele.

- Oi Claudinho, não vai haver aula hoje, haverá uma palestra aí na facul, mas não é obrigatória - disse-me Rubinho sorrindo.

Quando virei para falar com Marcelo ele estava com uma cara brava pra mim e imitou o latido de um cachorro bravo rsrs. Rubinho se aproximou da janela do carro e Marcelo fez um rosnado baixinho e uma cara feia pra ele. Rubinho não entendeu nada rsrs.

- Obrigado Rubinho, depois a gente conversa, vou aproveitar e ir para casa para pôr a matéria em dia - eu disse para dispensar logo o Rubinho porque saquei o ciúme do Marcelo.

- Obrigado Rubinho, patati patatá - Marcelo me imitou e completou dizendo: - Esse tal de Rubinho é todo oferecido não?

Eu sorri e disse que ele era um amigo querido.

O namorado da minha amiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora