Cap. 32

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“Você vai sair de novo?” Minha mãe perguntou ao me ver por a carteira no bolso e a chave da porta. “Mãe não aconteceu nada demais, vou à casa do Guto e só isso” Disse a ela. “É isso mesmo tia, eu vou cuidar dele direitinho e não vou deixar ele espancar ninguém” Guto falou a minha mãe que pediu a ele que cuidasse mesmo de mim e que estava preocupada comigo e que eu estava meio nervoso ultimamente.

“A senhora não imagina o quanto” Ele completou. Prometi que ligaria da rua a ela e que não voltaria tarde. Ela começou a fazer outras recomendações e eu a interrompi bruscamente dizendo “ Poxa mãe, eu sou homem, eu sei me cuidar” Ela se quedou calada com um sorriso resignado.

“Esse menino está muito macho. Você está cada vez mais parecido com Marcello” Disse Gutinho rindo. “Você ouviu a discussão então?” Perguntei a Guto no elevador que respondeu que sim e que eu dei um susto a ele quando parti pra cima do cara.

“Esse cara é um ex-namorado?” Ele me perguntou ao que respondi que não, e que houvera sido um engano. Ele riu de novo. “Companheiro, eu acho que precisamos tomar um porre pra ver se damos uma relaxada” Guto convidou ao que respondi que estava de acordo.

“Tipo clube do bolinha! Acho que eu vou te dar uma pinga pra ver ser você se acalma um pouco” Completou ele rindo. Fomos a um bar que gostamos de freqüentar. Marcello e eu o freqüentamos o Líbanus às vezes; é meio boteco, mas é legal, muitos amigos nossos freqüentam.

O garçon demorou um pouco a nos servir e notei que Guto me observava. “Garçon,” Chamei de forma um pouco rude quando ele passou por nós. “Eu vou ao carro pegar uma focinheira pra você” Gutão disse rindo.

“Dois áraques por favor!” instrui o garçon que nos atendeu prontamente dessa vez. “Odeio ter que gritar” eu disse ao Gutinho que não se segurava rindo de mim. “Está rindo tanto de que?” perguntei a ele que respondeu rindo, se desculpando e se protegendo com as mãos, como se eu o houvesse atacado.

É um palhaço mesmo, mas eu adoro esse cara. “Claudinho, você faz uma coisa pra mim por favor” ele perguntou rindo. “Fala!” Respondi e completei perguntando “É palhaçada não é?” Ele respondeu rindo e dizendo que não e que era coisa séria e eu até cri que realmente fosse. “Então diga logo” falei. “Cospe no chão e coça o saco agora pra eu ver” disse ele explodindo numa gargalhada inacreditável que me fez rir até doer atrás da orelha.

“O que vai ser agora?” Perguntou ele que prosseguiu propondo “Vamo saí com os mano pra tomá umas breja, pegá umas mina e dá porrada nos cara?[sic]” ele falou imitando o modo como os malandros falam me fazendo rir mais ainda e completou “Claudinho, Claudinho você precisa de limite, você está sem limite.

Marcello tem que voltar pra acertar teu passo, sujeito.

Ligação de Marcello.

Quer dizer, "Claudinho é o caralho meu nome é Zé Pequeno!” Diante disso eu quase me molhei de tanto rir, no final das contas havia sido melhor sair com o Guto que ficar em casa. “Realmente você está muito tenso coelhinho. É a falta de Marcello não é? Vocês vão se ver logo.” Ele disse massageando meus ombros.

Estar com o Guto é como estar com um irmão querido. Sinto um amor tão grande por esse rapaz e imagino que o ame mais ainda pelo afeto que ele devota ao meu cachorrinho que está me fazendo tanta falta agora.

Meu telefone tocou, era Marcello.

“Claudinho? Liguei pra sua casa e sua mãe me disse que você foi assaltado? Você está onde? Onde está o Gustavo? Eu mandei ele cuidar de você!” Não sei o que ele ouviu da minha mãe, mas ele estava muito preocupado, disse que ia largar o curso e voltar naquela noite mesmo e outras coisas.

O namorado da minha amiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora