Cap. 22

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Acho que é porque é cheio de turistas e é como se fosse uma vitrine do país não sei, mas achei muito legal isso. Nessa rua Mitre você pode comprar de tudo, e cheia de brasileiros, hihihi, acho que invadimos aquela cidade hihihi. Fomos almoçar num restaurante chamado família Weis, acho que é isso, mas não gostamos da comida e o serviço não nos inspirou a deixar propina hihihi.

Voltamos para o hotel e esperamos o transporte que nos levaria ao Cerro Catedral. Fizemos uma parada na Gruta de Nossa Senhora das Neves, muito linda, os disseram que é protetora dos esquiadores.

Há umas coisas tipo ex-votos lá, de promessas cumpridas e coisa e tal. É lindo! No Cerro Catedral não dá pra descrever, nunca vi nada tão bonito até então. Sentei e fiquei tentando absorver tanta beleza. O frio imenso, aquela paisagem e o abraço de Marcello...

Meu Deus eu senti meu corpo levitar. Não esquiamos nesse dia, voltamos à cidade para ver o centro cívico é onde está a delegacia, a prefeitura e etc... Amamos os são bernardos, há um monte deles por lá.

De lá fomos ver um museu com fósseis e outras coisas bem legais, e o melhor é que é gratuito hihiih. Voltamos à rua Mitre para tomarmos um chocolate quente e depois voltamos para o hotel, estávamos cansados e dormimos um pouco, sem banho mesmo, a vantagem da temperatura baixa é que não se transpira hahaha.

Acordamos por volta das 21h e nos aprontamos pra dar uma saída. Nos indicaram a Grisu, uma dance legal, mas Marcello não gostou muito e trocamos pela Roquet onde curtimos mais, conhecemos um grupo de brasileiros até bem legais, mas quando sacaram que éramos namorados meio que deram um gelo, tipo, meio que arrumaram uma desculpa para saírem de perto de nós.

Achei meio bobo da parte deles porque não há como ter preconceito num ambiente onde se vê muito homem beijando homem e muita mulher beijando mulher.

Bom o fato é que conhecemos um casal de Chilenos que estavam em Lua de Mel, Arnon e Cristina, lindos, educados, ambos médicos e o melhor, sem preconceitos. Já viviam juntos havia seis anos, mas resolveram tornar oficial a união dos dois.

Marcamos de esquiar no dia seguinte no Cerro Campanário a convite deles, no final da noite eles nos deram o telefone do hotel deles e marcaram de nos apanhar por volta das 14h. Voltamos ao hotel e ferramos no sono.

Só acordamos no outro dia já perto das 12h.

Tomamos café no quarto e depois do banho cochilamos mais um pouco, o frio é realmente grande e apesar do aquecimento é perceptível. Não levei muita fé, mas eles passaram mesmo para nos apanhar, Arnon e Cristina chegaram Às 14h em ponto.

Eles perguntaram se era nossa primeira vez em Barilo e fizeram questão de nos apresentar o Cerro Otto primeiro, A vista de lá de cima também não dá pra descrever. Há um bondinho que nos leva até o topo e tem um lance giratório muito legal. Tomamos um chocolate enquanto apreciávamos a vista.

Na verdade toma-se muito chocolate naquela cidade. Nessa viagem ganhei três quilos. Embaranguei feio hihihi.

Do Cerro Otto seguimos para o Cerro Campanário. O lugar é incrível. Lá tem a vista mais impressionante que já vi. Cristina nos contou com os olhos cheios d'água que o seu pai a trazia ali quando criança.

Ele é muito delicado e nota-se que teve excelente educação por seus modos sutis e refinados, mas tudo sempre natural e extremante simples. Recebi de Arnon uma aula de esqui, mas devo confessar que não tive muito sucesso, já Marcelo estava totalmente à vontade. Metido hihihi.

Foi uma tarde maravilhosa. Jamais havia estado num lugar tão lindo. “Quero me mudar para cá com você” Disse Marcello me abraçando enquanto me levantava de mais um dos meus tombos, “Mas e todo esse frio?” Perguntei a ele. “Bom se você me promover a cobertor de orelhas hehehehe” ele disse mordendo o lábio inferior enquanto ria.

O namorado da minha amiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora