Part 29 - "Lucy... Sou eu, o Charl..."

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(uma semana depois)

Pov Lucy

-Lucy? – Abro os olhos e o meu maior pesadelo encontra-se agachado à minha frente.

-O que é que tu queres?

-Só vim avisar que a comida acabou e por isso vou ter que ir às compras, não te preocupes que eu não demoro princesa.

-Por que não me deixas ver a luz do sol? – Ele passa a mão pelo meu rosto.

-E arriscar abrir a janela? E se tu tiveres a infeliz ideia de fugir? – Ele levanta-se e sai do quarto escuro e frio.

Sinto que não vou aguentar muito mais.

Pov Charlie Robinson

-Lucy? A minha Lucy? – Não posso acreditar no que estou a ouvir.

-Ela não é tua mas sim... A nossa Lucy está desaparecida. – Ouço do outro lado do telemóvel.

Coloco o telemóvel entre o ombro e o meu ouvido para conseguir escolher a fruta madura.

-E suspeitam de rapto? – A minha miúda, isto não aconteceu.

-Sim, à fortes suspeitas contra o Will.

-Will?!? – Deixo as maças caírem no chão do supermercado.

-Esse mesmo.

-O Will? O rapaz por quem fui trocado? Não pode ser.

-E não é o pior. – Até tenho medo de saber.

-Ele agredia-a.

-Desculpa?!? – Grito. – Se eu o encontro, juro que o mato!

-Acalma-te! Podes vir ter comigo? Eu preciso de ajuda para procura-la. 

– Sim, conta comigo... Vou só pagar a minhas c-coisas... Não acredito! – Congelo ao ver Will a entrar no supermercado.

-Charlie? O que se passa?

-Eu já te ligo. – Desligo o telemóvel e vou em sua direção.

Finalmente ele vê-me e sorri.

-Charlie, há quanto tempo! – Dá-me um passou-bem.

-Então como vais? – Pergunto secamente.

-Andando e tu? – Ele pega num carrinho.

-O mesmo de sempre. – Ele sorri. – Hey, sabes da Lucy?

-Da Lucy? – Ele desvia o olhar.

-Sim, ela está desaparecida.

-Não brinques, a sério? – Estou-me a conter para esta conversa não acabar numa luta.

-Então não a viste?

-Não, desculpa. – Ele começa a andar pelos corredores. – Nós vemo-nos por aí.

-Claro... - Murmuro com a intenção de ele ouvir, depois de o perder de vista vou até à caixa de pagamento.

-Boa tarde. – A rapariga loira sorri alegremente.

-Só se for para ti. – Isto suou um pouco grosso...

-Bem... Hum... São 28 dólares. – Disse envergonhada.

-Está aqui. - Entrego o dinheiro à rapariga e saiu de saco na mão.

"Vamos lá ver então se tu não sabes mesmo onde ela está..."

Vou até ao meu carro, coloco as compras no porta-bagagens e por fim sento-me no meu lugar.

When I see you (PT; Nash Grier)Onde histórias criam vida. Descubra agora