Capítulo 15

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09 de Setembro, Bon Temps, 00:15h

Pam já estava quase completamente curada dos machucados provocados pela prata e começou a andar para fora do cemitério, mas logo viu que Eric permanecia imóvel. Ele estava parado sozinho no cemitério e ele se recordou da visão que Isadora tinha tido. O ódio por não poder fazer nada naquele momento consumia-o por dentro.

- Vamos, Eric. – disse Pam num tom comovido. – Não podemos fazer mais nada hoje.

- Tenho que dar um jeito de resgatá-la. – ele disse.

Ela apenas o encarou e percebeu que o que existia ali era muito maior do que preocupação. Pam percebeu que Eric estava apaixonado por Isadora. Aquilo doeu um pouco em seu coração gelado, mas o que ela mais queria, no fundo, era ver seu criador feliz.

Eric finalmente se mexeu e ambos seguiram rumo ao grande gramado da casa de Isadora. O belo SV9 continuava no mesmo lugar, mas havia algo mais ali. Alguém com quem Eric realmente não estava com paciência para discutir.

- Onde ela está? – Sam perguntou num tom ameaçador.

- Com Bill Compton.

- E por quê?

- Tínhamos alguns negócios para resolver. – Eric disse. – Agora saia do meu caminho.

- E você a deixou lá, com ele? – Sam estava perdendo o controle. – O que está acontecendo afinal?

- Isadora foi usada como moeda de troca. – disse Pam. – Bill a seqüestrou, digamos assim.

- O QUÊ? – Sam meio que se desesperou. – E você não fez nada para ajudá-la, para protegê-la?

- Não é bem assim que as coisas funcionam. – disse Eric. – Assim que for possível, eu a resgatarei.

- Sem essa. – disse Sam. – Eu vou lá resolver isso de uma vez por todas.

- NÃO! – Eric ordenou e Sam estagnou. – Você vai morrer se for até lá. Não que eu me importe realmente... mas Isadora se importa.

- Você não pode...

- Posso. – disse Eric autoritariamente. – Ela se entregou porque quis. Então não se intrometa, metamorfo.

E sem mais, Eric e Pam desapareceram estrada afora deixando Sam com mais perguntas do que respostas. Ele encarou o bosque à sua frente e cogitou ir até a mansão de Bill para saber o que estava acontecendo, mas as palavras de Eric voltaram em sua mente – você vai morrer se for até lá – e ele pensou melhor. Com certeza, sob a proteção da luz do Sol, ele conseguiria falar com Isadora e entender o que estava acontecendo.

Isadora ainda estava com as imagens das lembranças de Bill quando atravessou a grande porta de carvalho entalhado. Tudo era muito iluminado e decorado num estilo clássico com toques de modernidade.

Mal a porta havia se fechado atrás dela e uma figura peculiar saiu de uma sala. Era baixo, cabelos castanhos com entradas salientes, a pele muito pálida e um toque de crueldade requintada em seus olhos verdes.

- Ora, ora, o que temos aqui, Mr. Compton? – disse o vampiro. – Ela me cheira a vidente.

- Sim, majestade. – disse Bill. – Tenho certeza de que Isadora é uma vidente.

- Uma vidente real? – ele perguntou.

- Ainda não sei. – Bill disse. – Mas creio que possamos descobrir.

Isadora olhava para o vampiro com cuidado, analisando-o. Não parecia ser muito perigoso, dado sua baixa estatura e tipo físico, mas Eric havia lhe dito que as aparências enganavam e quanto mais velhos, mais fortes os vampiros ficavam.

Eyes of Eternity (True Blood - Eric Northman)Onde histórias criam vida. Descubra agora