Capítulo 16

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Olá amores. Agora é com o Victor... vamos lá Victor estamos torcendo por você!

Bjus... Ah por favor não se esqueçam,  estrelinhas e comentários, fico muiiiiiiito feliz, mais que o Victor recebendo a Sophia de volta. kkkk Bjus.

... ... ... 


Com a cabeça apoiada no encosto banco seguia calado, só ouvindo o motor da caminhonete e eventualmente as batidas do meu coração, perdido em meio aos pensamentos, repassava os eventos das últimas semanas.

Estávamos na rodovia a caminho de Campo Grande, hoje teria uma maldita consulta com o Dr. Rubens, o neurologista  responsável pelo meu tratamento. Sei  que fiz progressos consideráveis, mas vou ocultar ao máximo o resto, senão vai saber Deus, quando me dará alta.

Tenho certeza que a mãe e esse peste do João desconfiaram, e por isso eles não me deixaram vir sozinho, enfim sempre é bom ter companhia, embora eu siga em silêncio. Todo esse excesso de cuidado, está me deixando louco, não aguento mais ser tratado como criança.

Ainda bem que eu consegui me livrar da Susan, ela tinha esperança de reatar, e apesar dela ter ficado histérica falando aquele monte de merda, até me ameaçando, eu me mantive firme. Que caralho eu não quero nada com ninguém, será que ela não percebeu ainda?

Ela que faça o que bem entender, a minha vida já está mesmo uma merda, pouco me importo.

Além disso fiquei intrigado com a intensidade daquele insight com a Sophia, e sinceramente espero ansioso por outro, mas até agora nada.

Já estávamos quase na metade do caminho quando me lembrei que eu havia esquecido de pegar os exames, droga. – Me virei rapidamente para trás e pedi a pasta que continha toda a parafernália, desde que saí do hospital.

- Mãe por favor pega essa pasta, deixa eu verificar uma coisa, estou achando que eu esqueci os relatórios com as avaliações dos terapeutas...

- Não acredito Victor. Eu vi você com eles lá em casa.

Ela me entregou e despejei tudo no meu colo e depois de olhar item por item, suspirei aliviado, estava tudo ali. Guardei-os novamente e quando me virei para entregá-la reparei em um pedacinho de madeira grudado em minha calça.

Eu a segurei e ia jogar fora quando me lembrei que era o objeto que a Sophia havia me dado para guardar. Olhei para aquilo em minhas mãos observando mais atentamente, tentando descobrir o porque daquilo ter alguma importância.

Era um simples pedaço de madeira, bem pequenino, que fora esculpido bem rudemente. Aquilo se tivesse sido executado por mãos habilidosas seria algum dia uma estrela, mas o que eu tinha em minhas mãos era um projeto grotesco.

Se eu a esculpisse talvez fizesse diferente e fiquei imaginando com ela rodando em minhas mãos. Com alguma ferramenta adequada eu tiraria mais algumas lascas aqui e ali e assim os primeiros contornos teriam que ser lixados, e eu... eu... comecei a ficar zonzo, meus pensamentos embaralhados. Respirar de repente ficou extremante difícil, meus pulmões emitiram um chiado, pois foram obrigados a trabalhar com mais força, pois simplesmente não conseguia enchê-los. Fechei os olhos apoiando a cabeça novamente no banco, procurando administrar aquele mal súbito.

- Filho, o que você tem?

João que estava ao meu lado me olhou assustado, acho que foi por causa do tom de voz da mãe. Só agora percebi que talvez eu estivesse fazendo um pouco mais de força ao tentar respirar, coisa que estava dificílimo.

Victor & Sophia - Vol IIOnde histórias criam vida. Descubra agora