Capítulo 17

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Ela parecia em choque, olhava pra mim como se eu fosse um fantasma, mas estava tão linda... e minha vontade era de abraça-la e beijá-la até não poder mais. Mas aquele olhar distante me fez sentir um calafrio na espinha. Notei como seus olhinhos estavam inchados no meio daquele rosto pálido e delicado, ela parecia tão... abatida.  Ah meu anjo... E pensar que ela estava assim por minha causa só fazia me sentir pior.

Queria segurar aquele rostinho e beijar-lhe, beijar-lhe tanto, suplicando que aceitasse esse idiota novamente em sua vida.

Diante dela eu fiquei tão inebriado, atônito que eu não soube o que fazer. Meu coração golpeava tão forte meu peito que duvido que até ela não o escutasse. Então estendi minha mão e mostrei a pequena estrela de madeira. Ela olhou pra minha mão e voltou novamente seus olhos assustados nos meus.

- Victor, o que você está fazendo aqui? Você prometeu... eu pedi para não me procurar... - Sua voz saiu ofegante.

- Eu sei, me perdoe... Sophia eu fui um cretino, um idiota, por favor me perdoe. Eu... estou aqui porque... eu prometi que buscaria todas as estrelas do céu, se você... aceitasse se casar comigo. E você aceitou! - Respirei aflito, tentando levar um pouco de ar aos meus pulmões que queimavam.

- Por favor Sophia, se você ainda me ama... me dê outra chance!

Ela voltou a olhar em minhas mãos... e me fitou com os olhos cheios de lágrimas. Respirou fundo.

- Desculpa Victor não posso, desculpa. - E rapidamente fechou a porta, me deixando ali, desorientado e completamente sem chão. Não me contive e bati na porta desesperado.

- Sophia por favor... - Eu a ouvia chorando do outro lado da porta.

- Vai embora Victor por favor eu lhe imploro, e por favor nunca mais me procure.

- Não, eu não posso Sophia eu te amo, por favor me perdoe...

E não ouvi mais nada. Ela se afastou. Encostei a cabeça na porta, desconsolado, chamando-a. Fiquei ali parado, sem forças pra nada, deixei-me cair no chão ajoelhado. E não sei até agora como cheguei até a recepção do edifício. Eu só via a mãe e o João falando comigo porém não os ouvia.

- Sra. Helena, João. – Ao ouvir aquela voz despertou minha atenção e vi aquele colega dela, fui até ele rapidamente.

- Por favor eu preciso falar com a Sophia, me leve até o seu apartamento, por favor.

- Victor estou aqui justamente por causa disso, eu não acho uma boa ideia, desculpe Sra. Helena, João, mas a Sophia... bem ela não tem passado muito bem estes últimos dias. Eu vou conversar com ela, se ela quiser falar com você, eu te ligo.

- Não Eric eu preciso falar com ela agora! – Disse irritado. Ele me olhou com ódio, colocando suas mãos em meu peito afim de me impedir, sei que a vontade dele era me dar um soco, eu não me importaria, desde que ela me perdoasse.

- Victor, você não passa de um cretino, um idiota, estou fazendo um favor pra você, mas se insistir em querer chegar perto dela hoje, eu juro que arrebento a sua cara!

João imediatamente se colocou entre nós.

- Gente por favor, vamos manter a calma, Eric, Victor... nós vamos embora. Eric por favor converse com a Sophia e veja se ela pode nos receber mais tarde, se ela estiver melhor, nós... aguardaremos o seu telefonema.

O tempo todo que o João estava falando com esse babaca fiquei encarando sua cara de merda, pronto para revidar caso ele viesse pra cima de mim. Quem ele pensa que é para me impedir de falar com ela. João me empurrava cada vez mais pra longe. A mãe segurava minha mão me puxando.

Victor & Sophia - Vol IIOnde histórias criam vida. Descubra agora