27 - O Novo Golpe de Natsuno

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 De onde estávamos parados, era possível ver o vilarejo inteiro. Muito fogo pelas casas e dezenas e dezenas de vampiros atacando os inocentes que ali moravam. Muitos já estavam mortos, ensanguentados no chão, e senti algo gelado no meu braço. Depois no outro, ficando cada vez mais frequente.

Eram gotas de chuva.

- Joe, mostre a eles que chegamos - pedi ao grandalhão, atrás de mim.

- Pode deixar, mas se afastem! - fizemos o pedido. Joe concentrou-se ao máximo, erguendo o punho direito acima da cabeça e, com extrema força, socou o chão.

Nesse momento a terra tremeu, e todos os que estavam ali na aldeia olharam para o pequeno morro onde estávamos, consequentemente parando de atacar os inocentes.

- Vamos, pessoal! - gritei, sedento por batalha. Todos invadimos a cidadezinha, nos separando como se fosse uma formação já ensaiada antes.

De imediato, três dos inimigos vieram me atacar, e percebi que eram mesmo vampiros evoluídos. Seus dentes estavam sujos de sangue, sinalizando que já haviam devorado alguém. Os olhos, admito, eram intimidadores, mas eu já estava acostumado com aquilo.

- Quem diria! - disse um deles, de frente para mim. - Jovens caçadores num lugar como esse - e tentou me acertar com a sua garra. Saltei para trás, desviando, em seguida, do soco de um segundo vampiro. O ataquei com uma joelhada na barriga e joguei seu corpo contra o primeiro. Ambos caíram no chão. Aproveitei para atacar o terceiro, à minha direita.

- Punhos de fogo!! - meus socos flamejantes acertaram em cheio várias regiões de seu corpo, causando-lhe muita dor. Os outros dois fizeram menção de me atacarem pelas costas, mas nesse momento saquei minha Takohyusei e me virei, os cortando ao meio, horizontalmente. Os dois vampiros caíram no chão, espalhando muito sangue onde estavam, e então viraram areia. Fiquei impressionado com a força da espada, que estava maior desde quando evoluíu contra o Tuco, alguns dias atrás. Mas logo me lembrei do terceiro vampiro, que estava danificado no chão, e enfiei a espada em seu peito.

- Parece acostumado a enfrentar vampiros evoluídos - disse alguma voz atrás de mim.

- É experiência de enfrentar pessoas mais perigosas - falei, me virando. O homem era muito alto, possuindo os dentes pontiagudos, porém ainda estavam branquinhos. Seu sorriso, acompanhado dos seus olhos vermelhos e suas sobrancelhas finas, faziam o homem aparentar ser muito perigoso, mas ele não tinha as veias grossas iguais aos demais, o que fez meu coração acelerar.

- O que foi? - indagou ele, com ironia na voz; seu rosto era obscuramente iluminado por uma das casas que pegavam fogo perto de nós. - Está com medo?

- Você não é evoluído... - falei, pensativo. - O que é você? - sua gargalhada foi assustadora. Ele saltou na minha direção, e me prontifiquei para a defesa, mas no segundo seguinte ele estava atrás de mim! Por puro instinto, me abaixei, sentindo o movimento de sua perna esquerda passando centímetros acima da minha cabeça. Dei uma cambalhota para frente e me virei, preparado para qualquer coisa. - Vampiro supremo - foi a resposta que achei.

Riku lutava contra vários vampiros de uma só vez, no telhado de uma casa grande que ficava no centro do vilarejo. Sua agilidade era incrível, sempre com o Medeiros acertando golpes fortes na cara dos inimigos. A essa altura já chovia, dificultando ainda mais a vida dos vampiros, que a toda hora se desequilibravam no telhado molhado.

- Rajada potente! - o golpe acertou três inimigos de uma só vez. O caçador correu na direção de um quarto e pulou com as duas pernas levantadas para cima dele, o acertando no queixo, nocauteando-o na hora. Assim que pousou no chão, girou 180 graus para a esquerda acertando mais inimigos com um chute. E cada vez mais adversários apareciam.

Caçador Herdeiro (3) - Relâmpago Vingativo | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora