Caçador Herdeiro (3) - Relâmpago Vingativo | COMPLETO

55 - O Plano de Resgate

Riku e eu estávamos completamente espantados. Havíamos acabado de receber a notícia de que Natsuno estava preso na base dos vampiros de Honorário!

Eu precisava agir. E antes que pensasse em mais alguma coisa, Zoe ainda falou:

- Vi também uma frase escrita com sangue na testa dele. "Venha sozinho, Kido".

Riku, imediatamente, me encarou:

- Você já sabe que é uma armadilha - fiz que sim. Era mais que óbvio. Fizeram Natsuno de isca para me pegarem! E pior que eu nem poderia pedir a ajuda do próprio pai do garoto...

Respirei fundo, precisava ir. Natsuno corria perigo, eu precisava invadir aquela base e resgatá-lo!

- Diogo - Zoe falou, séria -, você não tá pensando em...

- Não tenho escolhas! - falei, me levantando. - Ele corre perigo. Não posso deixar!

- Mas se você for sozinho, eles vão te... - a garota não conseguiu completar a frase, de tão desesperada que estava. Ela poderia estar certa, mas eu não conseguiria viver sabendo que meu melhor amigo morreu por minha culpa.

Sem perder tempo, corri à porta - ignorando o chamado da Zoe pelo meu nome, preocupada - e andei apressado pela rua rumo à minha casa. Riku me seguiu, falando:

- Precisamos de um plano.

- Não tem plano - falei, sem olhar para trás, apressando ainda mais os passos.

- Precisamos de um plano, seu otário! - ele repetiu, dessa vez irritado. - Para de agir feito um idiota! Quer fazer sacrifício de tolo? - decidi parar, e me virei para ele. Riku estava certo.

- Mas qual o plano? - perguntei, o fitando. - Eles deixaram bem claro que me querem lá sozinho. Ou então vão matar o Natsuno!

- Pra tudo há uma saída - Riku falava pensando em algo. Parecia mesmo preocupado com o Kogori. - Vamos até o Kai - falou, por fim.

- Okay, tudo bem, me expliquem isso direito - falou o nerd, quando já estávamos os três reunidos no meu quarto.

- Kai, é o seguinte - comecei -, acreditamos que armaram uma emboscada pro Natsuno e o capturaram. Agora ele é refém e estão o usando como isca para me pegarem, porque eu sou o verdadeiro alvo.

- Espera um pouco - o garoto começava a ficar assustado, fazendo um pouco de esforço para processar todas aquelas informações -, alvo de quem? Por quê? E onde o Natsuno está, afinal?

- Na base dos vampiros daqui da cidade - o nerd engoliu em seco, arregalando os olhos puxados.

- Você trouxe tudo? - Riku foi direto, em pé de frente para nós; Kai e eu estávamos sentados na minha cama.

- Trouxe - Kai abriu sua mochila e tirou de dentro todos os seus "acessórios de espionagens" que tinha, assim como chamava. Dentre eles havia o seu super "Wi-fi invisível de 500 metros de alcance", o "Modem ladrão de dados", o "Adaptador anti-autoridades", a "Antena suprema conectada à um satélite" e, por fim, seu Notebook, o mais simples dali. Mas então Kai tirou dali mais um objeto, bem pequenino que, apurando as vistas, vi que era uma mini-câmera.

- O que é isso? - decidi perguntar, curioso. - Vai me dizer que pegou do seu pai.

- Não, não - ele sorriu timidamente, ajeitando seus óculos enquanto corava. - Isso é criação minha. A chamo de 'câmera telescópica' ou de... 'câmera espiã'.

- Hum - falei. - E ela vai ser, hã, importante no resgate?

- Mas é claro! - ele exclamou, como se eu fosse louco. - Pelo que percebi, vocês dois vão virar espiões de novo, por isso precisarão conhecer o território inimigo.