Fui até ao bar da escola, vi a Rachel e fui ter com ela. Estava com umas calças de ganga, um top vermelho, umas sapatilhas e um rabo de cavalo. Achei estranho, normalmente ela não se veste tão desportiva, mas hoje ela parecia definitivamente diferente. Procurei expressões dela no rosto do Richard e vice-versa, eles não eram nada parecidos. Encontrei os olhos verdes do Richard, ficamos um tempo a olhar um para o outro. As vezes parecia que o olhar dele me queria dizer algo, mas apenas isso, ele mal falava comigo. Tinha-me lembrado da tatuagem dele e do que ele me tinha dito. "Liberdade."
Eu queria saber o que era essa tal liberdade, queria saber o porque de se sentir preso, o porque de estar sempre com aquela expressão de tristeza no olhar , mas ao mesmo tempo que nada lhe interessa.
- Olá Fly. - Disse-me a Rachel acordando-me dos meus pensamentos.
- Olá, hoje estas diferente.
- Ah! Isto é porque de tarde tenho que ir a casa da minha avó que é no campo e vou me sujar toda, o meu primo vai estar lá e vai querer que eu brinque com ele.
- O teu irmão também vai? - Ela ficou um pouco a olhar para ele e logo me respondeu.
- Ele não se dá muito bem com os meus avós. Infelizmente eles sempre fizeram distinção entre nós. - Disse com uma expressão triste.
- Distinção? Porque raio eles não vos tratam de maneira igual? - Perguntei intrigada.
-Ah não sabias? O Richard não é realmente meu irmão... Ele era filho de uma vizinha da minha mãe, ela era mãe solteira e estava muito doente... Infelizmente acabou por falecer e a minha mãe prometeu que ia cuidar dele e adotou-o. Depois de um ano nasci eu. Os meus avos nunca gostaram da ideia, mas a minha mãe trata-o como se ele fosse realmente filho dela. - Sorriu
Fiquei a olhar para ela sem saber o que dizer, talvez fosse isso... talvez fosse a liberdade que ele planeava. Não devia ser fácil sentir que não era desejado, que não se pertencia a um lugar. Não sei muito bem o que lhe passaria pela cabeça, mas acho que eu talvez me sentisse assim. Nem sempre o amor cura tudo, possivelmente ele teria uma ferida aberta pela mãe e pelo pai que ele nunca conheceu. Voltei a olhar para ele que desta vez estava a comer um pão.
- Gostas dele? - A pergunta dela deixou-me perplexa a olhar.
- Como assim gosto dele? - Perguntei
- Já te peguei a olhar algumas vezes para ele, já para não falar que ele hoje se sentou a tua beira. Não é normal o meu irmão fazer isso, ele é muito introvertido, muito solitário. As pessoas tendem a não gostar dele, por causa disso... - Disse olhando para o nada - Mas eu admiro-o muito, apesar do seu mau feitio, ele é uma pessoa muito forte e por mais que não pareça ele esta sempre aqui para mim.
- Ele intriga-me. - Só consegui responder isso, não sabia o que havia de dizer. Não se tratava de eu gostar ou não do rapaz, a minha vida estava um mistério e ele pelo que parecia fazia parte dele.
- Olha a baba. - Gritou a Cath.
- A baba? - Disse assim que a Cath chegou perto de mim.
- Não te faças de parva, estavas ai colada no Richard. Ele é bonito realmente, mas o Eric é bem mais interessante rapariga.
- O que?! - Disse-lhe sem estar a perceber onde raio ela queria chegar.
- Que inocente... - Disse revirando os olhos
Vi o Eric entrar no bar, o seu olhar escuro caia sobre o Richard, vi-o ir na sua direção. Assim que chegou perto dele, disse-lhe algo que eu não consegui ouvir e os dois sairão apressados do bar. Fiquei curiosa, o que será que ele queria com o Richard? E porque é que o Richard tinha ido tão rapidamente?
*************
Desculpem a demora minha gente, infelizmente não consegui escrever o capítulo mais cedo. Agora irei postar mais regularmente. Espero que tenham gostado deste novo capítulo.
O que acharam?
Porque o Eric foi ter com o Richard?
O que acham que a Cath quis dizer com a pergunta dela?Digam-me o que vos vai na cabeça.
Obrigada por lerem *-*
Votem gente, comentem... Quero saber o que vos vai na alma xD
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Gotas de Luz
FantasySabes quando tudo no teu mundo é o dito normal? Era assim o meu mundo até descobrir seres sobrenaturais e estar em perigo de morte. Seria o meu destino morrer ? Ou ter o meu coração partido?