- Posso saber o que voces ganham a fazer este espetaculo estúpido? Provavelmente quem devia estar chateada neste momento era eu! Ja pararam para pensar o que raio eu devo estar a sentir? Vocês que me escondem coisas essenciais? Parem com essas discussões que não vos levam a lado nenhum! - O Laík fulminava-me com o olhar. Cheguei-me perto dele. - E tu!- Apontei para ele. - Vais começar a jogar pelas minhas regras, estou farta dos teu joguinhos ridículos. Portanto se quiseres continuar com isto vais perder! - Ele olhou surpreendido para mim.
- Tens a certeza que eu vou perder? - Sussurrou ao meu ouvindo enquanto me puxava para ele. Todo o meu corpo implorou por mais próximidade, mas assim que olhei para o lado vi o Keyllan com a mão no ombro do Laík ,os seus olhos estavam vermelhos, a sua cara sem expressão encarava-nos. O Laík olhou para ele com cara de desdém e largou-me, evaporando assim no ar e deixando um pó prateado no sitio onde tinha estado.
Olhei confusa para o Keyllan que neste momento estava com os olhos amarelo gato.
- Como é que ele fez isto?
- São poderes, alguns anjos teletransportam-se.
- Que tipo de poderes tens tu? - Perguntei a espera que ele não me respondesse. Abriu a boca e logo a fechou como se estivesse a pensar se realmente havia de me contar.
- Os meus poderes são basicamente psíquicos, não que seja horrível num combate corpo a corpo, mas acho muito mais rápido e eficaz. - Parecia escolher bem as palavras que dizia.
- O que significa exactamente ter poderes psíquicos? - Perguntei
- Significa que eu posso manipular uma situação a meu favor, como fiz com aquele senhor. Fiz o homem esquecer do acidente e implantei na memória dele que devia ir para casa. Depois tratarei do camião.
- Como alguém pode ter um poder assim e ser do bem?
- Fly os poderes são todos destrutivos! Cabe-te a ti saber como usa-lo, ele é mau ou bom dependendo de quem o tem, de como o usa! - Ele parecia frustrado, provavelmente sabia o que eu estava a pensar.
- Estas a manipular-me? - Perguntei-lhe, não ia estar bem a pensar que ele podia estar a mexer com as minhas memórias.
- Não Fly. - Parecia frustrado, cansado e derrotado.
- Lês mentes?
- Só quando é realmente necessário.
- Já leste a minha?!
- Não, mas as vezes eu ouço coisas. É como se pensasses em voz alta. Não sei... parece que queres que eu ouça... A ligação que sentes comigo não é culpa minha, eu também sinto essa ligação. - Ignorei o facto dele ter falado da ligação. Era verdade, eu sentia algo com ele que não sentia com mais ninguém, mas depois de saber o que ele conseguia fazer tornava-se difícil acreditar nessa ligação.
- E as visões que tenho tido? É culpa tua?
- Quando te beijei? - Perguntou
- Eu não tive só visões quando te beijei.
- Como não?! - Perguntou visivelmente confuso.
- Eu já tive visões antes, tive contigo...
- É normal teres visto algo ou sentido algo que eu sinto quando te beijei, porque é mais difícil manter o controlo. Mas quanto as outras visões eu não sei de nada.
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Gotas de Luz
FantasySabes quando tudo no teu mundo é o dito normal? Era assim o meu mundo até descobrir seres sobrenaturais e estar em perigo de morte. Seria o meu destino morrer ? Ou ter o meu coração partido?