Com o espaço a diminuir tão rapidamente, comecei a sentir o corpo do Keyllan junto ao meu. O seu toque era quente e suave, a sua mão grande apertou-me contra o seu peito e logo vi a suas asas abrirem-se com uma elegância que fazia qualquer pessoa se apaixonar. Bateu-as sem nem me dizer nada e desaparecemos daquele lugar. O vento batia na minha cara e uma sensação de liberdade e euforia me invadiu. Era assustador ver as luzes da cidade lá no alto, ver o quanto os prédios pareciam pequeninos dali, quando na verdade eram gigantes... Queria ser eu a voar , queria ser eu a controlar...
- Sempre gostaste de voar. - Sussurrou-me o Keyllan ao ouvido. - Vou-te largar.
- Ah?! Como... - E fui dominada pelo pânico assim que me senti cair.
Gritei, ele ia-me deixar morrer ali. Senti-me traída por tudo o que tinha sentido por ele. Senti os seus braços agarrarem-me fortemente, enquanto ele ria como um menino travesso.
- Estas maluco?! Porque fizeste isso? - Disse ainda com o meu coração a querer sair fora do meu peito, as minhas mãos estavam tremulas e eu parecia estar sem força alguma.
- Nunca te deixaria cair. - Olhou para mim com cara séria.
- Quase me mataste! - Olhei para ele furiosa.
- Sabes bem que isso não é verdade. - Notava-se que estava aborrecido.
- Não tens razão alguma para estar com essa cara, visto que era eu que ia cair.
- Vou te levar a casa. Embora eu gostasse de perceber como quebraste o pilar da minha magia.
- Eu não fiz por mal, as minhas mãos ficaram quentes e brilhantes. - Disse olhando par as minhas mãos que estavam normais.
- E como foste parar onde eu e o Laík estávamos?
- Eu não sei... Tinha encontrado a tua pena e estava a olhar para ela quando tudo aconteceu. Foi tão rápido... quando vi estava a ver-vos discutir, sem perceber onde estava.
- Isso significa que estavas com saudades minhas? - Fez um sorriso tão grande que parecia que tinha ganhado um presente.
- Não é nada disso. Isso nem se quer tem nada a ver com o facto de ter ido até vocês.
- As coisas nesta vida estão estranhas... - Ele disse enquanto aterrava.
- Como assim esta vida esta estranha? Por favor Key, explica-me o que esta a acontecer.
- Chamaste-me Key? - Ele olhou para mim e os seus olhos mudaram de cor tornando-se cinzentos.
- Chamei... - Disse meia reticente com ele a olhar assim para mim.
- Porque me chamaste Key? - Perguntou com cara de desespero.
- Porque é o teu diminutivo.
- Eu não te posso contar agora, preciso entender porque as coisas tão estranhas. Desculpa Fly . Não te posso contar nada.
Abracei-o, não sei porque o fiz, só sei que foi tão reconfortante, aquela sensação de casa invadiu-me novamente. Levada pela aquela sensação toquei nas suas penas que pareciam macias.
O Keyllan tentou impedir-me, mas era tarde demais. Eu e ele fomos envolvidos por uns braços e chegamos a um portal azul claro. Eu ia entrar, mas senti a sua mão puxar-me.- Tens a certeza que queres entrar aí? Eu não sei o que podes ver, mas pode ser algo ... - Puxei o seu braço, entrando assim no portal.
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Espero que tenham tido um bom dia do leitor , este é o meu presentinho atrasado :3
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Obrigada gente *o*
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Gotas de Luz
FantasySabes quando tudo no teu mundo é o dito normal? Era assim o meu mundo até descobrir seres sobrenaturais e estar em perigo de morte. Seria o meu destino morrer ? Ou ter o meu coração partido?