Capítulo 26

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- Não era suposto saberes tudo, visto que és filho do todo poderoso? - Ele notou a minha ironia na pergunta e os seus olhos amarelos desapareceram e deram lugar ao seu roxo e preto. 

- Eu percebo que possas estar reticente comigo, percebo que haja muita coisas que não entendes, mas não é culpa minha que a tua vida corra perigo. Eu e o Laík só te queremos ajudar. 

- Desde que vocês apareceram a minha vida tem estado de pernas para o ar. 

- Vou-te levar a casa, depois levo o carro a casa do Eric. - Parecia ignorar o que lhe tinha dito. 

Sentei-me no carro do Eric, a viagem foi rápida e silenciosa. Sai do carro com pressa para que ele não pudesse dizer nada e entrei... Estava silencio, um silencio que metia medo... As vezes sentia falta de ter alguém em casa, a minha mãe trabalhava muito e eu ficava muitas vezes sozinha, não que eu não goste, mas há certos dias que dá vontade de ter alguém casa connosco. Tranquei a porta à chave e fui tomar um banho antes de ir dormir.

Ele gosta de ti.  - Dizia o meu sub-consciente para mim.

Não gosta nada. - Contrariei o meu cérebro.

Sai do banho com frio, tinha deixado lá as coisas para me vestir, não teria que apanhar mais frio que o necessário. Deitei-me na cama e adormeci, um sono pesado, mas sem pesadelos.

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- Fly , Fly  acorda! - Tentei abrir os olhos e ver quem me chamava.

- Alex? Que fazes aqui? 

- Deixaste a porta aberta, devias ter mais cuidado...

- Não deixei não! - Levantei-me da cama.

- Como explicas que eu tenha entrado se a porta estava fechada? - Encarou-me 

- Não sei , mas eu estou a dizer que eu tranquei a porta! Mas não me respondeste.

- Houve greve lá na escola e viemos te visitar. Vai tomar banho, que o Jack e o Jonas estão lá em baixo.

- Está bem mãe. - Brinquei com ela.

Peguei nas minhas coisas e fui até a casa de banho. Eu havia trancado a porta de casa, isso eu tinha a certeza. Assim que sai do banho olhei para o espelho embaciado e vi uma simples palavra. 

"MORTE" 

Sentei-me na tampa da sanita, uns arrepios percorreram a minha pele e senti a minha visão a ficar turva. 

- Aproveita enquanto podes, porque assim que eu te apanhar só te vai restar a solidão. - Ouvi alguém dizer. Olhei para todos os lados, mas eu estava sozinha. Sai da casa de banho em toalha e fui direta ao meu quarto ver se a Alex estava bem. 

- Então ainda não estas vestida? Anda lá. - Disse a Alex olhando para mim. 

Vesti-me e descemos as escadas. Tinha que falar com o Eric, só não sabia como. Sempre que falava com ele o Laík metia-se. Estava com medo e sentia-me encurralada.

- O Eric? - Perguntei a Alex.

- Liga-lhe, ele não me atendeu. 

Assim fiz, fui até ao jardim de minha casa e liguei-lhe.

- Eric? 

- Não, é o Pai Natal. - Ouvi o Laík a ser ironico.

- Deixa-te de ironias, por favor. Aconteceu uma coisa hoje... Preciso que venhas ter comigo, a Alex e os rapazes estão aqui. 

- Que se passa Fly? - Ouvi o Eric perguntar preocupado. 

- Vem cá. E se continuares a ser o Eric agradeço. 

- Oh porque? Não gostas de mim lindinha? - Perguntou o Laík

Desliguei-lhe o telemóvel na cara. Era impossível falar com o Eric e isso deixava-me extremamente chateada. 

"Morte" era isso que me esperava...


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Sei que demorei a postar, espero que gostem deste bocado. Tenho tido pouco tempo, mas como já disse antes escrevo sempre que consigo , espero que continuem a ler :3 

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