Gotas de Luz

Capítulo Especial IV

Este capitulo vai ser sobre o ponto de vista do John.

Desculpem não andar a postar, mas não tem estado fácil...

Espero que gostem.

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Ela tinha ido embora e eu não poderia fazer nada para modificar isso...
Eu podia dizer que realmente sou um idiota, como provavelmente toda gente pensa... Mas a verdade é que até os idiotas tem sentimentos... 

No dia em que ela partiu eu vesti a minha mascara e lá fui eu acabar com a nossa felicidade.  Se foi o melhor para nós? Não sei, mas por vezes temos que ser práticos e ter os pés assentes no chão. 

Voltar a vê-la trouxe um sentimento que estava adormecido. Mas saber que ela não me amava mais e estava bem sem mim, era uma facada. Sempre ouvi dizer que colhemos o que plantamos e de certo ponto é bem verdade. 

TRRIIIIM TRRIIIIM! 

Assim que abri a porta deparei-me com a Alex, uma moça que conheço desde infância, depois das coisas com a Fly terem acabado, eu e a Alex afastamo-nos um pouco. Talvez porque achasse que teria de optar entre mim e ela. Olhei mais para a frente e lá estava a minha ex-namorada com cara de quem se queria ir embora o mais rapidamente possível. E eu... eu queria prestar atenção ao que a Alex estava a dizer, mas eu só queria olhar para a menina que estava no meu portão com ar de quem quer fazer birra. 

- Trouxe-te o que me pediste... 

- Ah obrigada. O que a Fly está a fazer por cá? - Perguntei.

- Veio ter comigo... mas acho que isso não te diz respeito. - Ela olhou para mim com cara protetora. 

Depois de pegar na pen que a Alex me tinha trazido, olhei para a Fly. Ela não parecia estar muito bem, estava pálida. Dirigi-me ao portão e assim que lhe falei notei o seu desagrado. Ainda mais quando ela perguntou a Alex se nos estavamos a falar de novo e esta respondeu que não quer optar entre nenhum. Eu poderia até contar a verdade sobre a traição, mas isso de nada serviria e foi assim que as vi ir embora, que a vi ir embora mais uma vez... e mais uma vez ela foi embora a pensar que namorou com um idiota qualquer. 

Entrei em casa e pousei a pen na mesa. O meu telemóvel tinha uma mensagem da Mary, mais uma daquelas mensagens que o propósito é o menos digno e o mais repugnante. Eu não respondi, mas logo começaram as chamadas.

- Que queres? - Perguntei 

- Como não respondias... Os meus pais foram ao Golf com o meu avó e só voltam logo à noite. 

- Que me interessa isso? 

- Não sejas assim cherry... Vens cá?

- Não! - E dito isto desliguei a chamada. 

Este era o meu pesadelo, e por mais que eu acordasse estava sempre a sonhar. Depois da Fly ter ido embora, o Diego decidiu que eu tinha que sair. E por mais que eu lhe dissesse que não, ele acabou por me convencer.

" - Anda lá, tenho ali o carro no meio da rua! - Disse o Diego

- Quem vai hoje? - Perguntei

- A gostosa da Mary e uma amigas oferecidas dela. 

- Não vou. 

- Ah vais vais! Não precisas ter nada com elas... É só para te divertires. 

Embora eu soubesse que o plano dele era exatamente o oposto do que ele me estava a dizer, desci as escadas e fui até ao carro.

A discoteca era bem conhecida, mas a sua fama por vezes não era das melhores. Sentei-me no balcão a beber uma vodka preta, não era louco por alcool, mas sair e não beber algo não era para mim ...  A Mary chegou e com ela vieram mais uma raparigas, tirando a parte em que elas estavam mais despidas que vestidas, eram o tipo de mulheres que não me atraem. 

A noite foi passando e eu já tinha bebido demasiado, ainda assim sempre que a Mary investia eu dizia-lhe que não. "

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Quando acordei no dia a seguir, eu estava na cama com a Mary. Olhei para mim e eu estava completamente nu, não seria difícil adivinhar o que tinha acontecido. Eu não me lembrava de nada e o que me lembrava não batia certo com o que estava a acontecer. Vesti-me e fui embora sem ela acordar.  E desde então ... ela não me larga...