Capítulo 38

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Olá meus anjos.

Desculpem pela minha ausência durante tanto tempo, mas as coisas não andaram fáceis...

Agora que a história voltou, espero que continuem a sonhar e a viver este mundo comigo.

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Entrei em casa com a sensação que tinha deixado algo na escola, mas por mais que pensasse não chegava a conclusão nenhuma. O dia tinha sido difícil, dois testes, o Eric tinha faltado e ainda tinha levado falta disciplinar na última aula por mandar a Catherinne para um certo sitio.

Não gostava da proximidade deles... nada mesmo! Provocou-me quase a aula inteira, digo quase porque fui posta na rua.

"— O Eric? – Perguntou a Catherinne.

— Queres saber liga-lhe!

— Vou ligar mesmo, já tenho saudades dele. — Disse ela com um sorrisinho cínico.

— Como de qualquer um. —Disse mais para mim do que para ela.

— Estás com ciúmes? Posso-te dizer que na noite que fomos sair ele estava a dar-me conversa. Estava bastante interessado e atiradiço. — Disse com um sorriso bastante presunçoso.

— Laík... — Pensei alto.

Apesar de estar chateada com o ela tinha dito, cada vez achava mais que tinha dedo daquele demônio nisto. E digo demônio no sentido duplo da palavra, visto que ele é um. Estava a ficar familiarizada com as coisas estranhas que me andavam a assombrar, mas não ao ponto de achar piada ao facto do Eric e a Cath quase se embrulharem. E a pensar nisto o que se embrulhou foi o meu estômago.

— Não é de bom tom falar num rapaz e tu vires falar de outro. Já agora é bom como o Eric?

— Olha vai à *****! — Disse já irritada com aquela situação.

— Fiona arruma as tuas coisas e sai. — Disse a minha professora.

— Já vi que ele é bom. — Ela falou baixo, mas ainda assim ouvi. Olhei para ela, apontei para o telemóvel, abanei a mão e pus ao ouvido como se tivesse ao telemóvel. Virei-lhe as costas, pedi desculpa a professora e saí."

O meu telemóvel começou a vibrar e assim que peguei nele vi que era o meu pai a ligar-me.

— Filhota?

— Olá pai. Estás bom?

— Estou e tu? Tenho uma novidade boa para ti?

— Jura que a minha mota está pronta!!

— Nem me deixaste falar! — Ouviu-o a rir-se do lado de lá.

— Quando a posso ir buscar? — Disse eufórica. Eu queria a minha menina. Eu precisava dela.

— Era preciso que alguém te trouxesse... Não me dá jeito ir aí, o Josh pediu-me para o ajudar.

— Vou pensar num jeito. Já te ligo... Beijinho pai.

—Até já Filha.

Desliguei a chamada pus-me a pensar como poderia ir. O Eric estava fora de questão. A minha mãe ainda não tinha chegado... e as camionetas demoravam muito. Peguei na minha mala e fui até ao banco ver quanto dinheiro tinha. Pelo caminho passei pela casa dele, queria parar e ir lá, mas apenas fiquei parada a olhar para a janela do seu quarto. Segui o meu rumo, ir buscar a minha mota era mais importante. Assim que vi que a minha conta tinha algum dinheiro levantei o suficiente para apanhar uma camioneta. Sabia que ia demorar, mas assim não tinha que esperar. Liguei ao meu pai a pedir-lhe para me ir buscar. Depois de desligar ao meu pai liguei à Alexi para ela saber que ia lá e queria saber as novidades. O caminho ia ser muito longo por isso encostei a cabeça ao vidro e adormeci. Um sono calmo e leve.

Quando abri os olhos vi que estava perto da estação. Liguei ao meu pai a dizer que já estava a chegar, provavelmente ia esperar um pouco por ele, mas não tinha mal nenhum. Os meus pais tinham-me pago a carta de mota aos 16 anos. Não que eles fossem fãs do monstro da estrada, mas dava um certo jeito, além de eu ser ajuizada. Apesar de muitos dos riscos que uma pessoa corre não serem por sua culpa e sim de quem está ao seu redor. Como tirei a carta à primeira os meus pais deram-me uma pequena scooter, mas infelizmente ela veio com muitos problemas e mais tarde acabei por ter uma melhor e mais ao meu gosto.

Assim que o meu pai chegou fomos diretos ao mecânico. Era um homem jovem, mas que invejava muitos trabalhadores mais velhos daquele ramo. Vi a sua pequena filha correr na minha direção, os seus olhos eram grandes, o seu cabelo caia num grande emaranhado mar de ondulações. Os seus pequenos braços tentaram abraçar o meu corpo.

—Fly, Fly!!!!! — Disse toda feliz

— Olá Natália! — Abracei-a e logo ela se separou do meu abraço para me mostrar a minha menina.

— Olha que linda que ela ficou! Um dia quero ser como o meu pai. — Disse enquanto sorria.

— Óh meu deus! Está tão bonita! Eu só a mandei arranjar, não mandei pintar !

Eu estava completamente surpreendida, ela estava como nova, estava com outras cores. As jantes pintadas de preto faziam realçar o branco da minha menina.

— Estou sem palavras! Muito obrigada pai. Ficou linda, não sei como te lembraste disto...

— Agradece ao Antony, foi tudo ideia dele.

— Vai experimenta-la! Quero saber o que achaste da minha obra de arte. Ela estava a precisar de várias coisas, acho que agora está do jeito que querias.

Ele olhou para mim e atirou-me as chaves. Eu agradeci e sentei-me nela.

Assim que acelerei senti o ventinho tocar nos meus braços nus... como era boa a sensação... 

Gotas de LuzOnde histórias criam vida. Descubra agora