Capítulo 27

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Depois de tanto tentar falar com o Eric, vi que não valia a pena e que devia desenrascar-me sozinha. O dia passou a voar e o meu coração apertava sempre que via o Eric próximo da Cath,  algo em mim parecia querer desistir, desistir de correr atrás dele, mas outra parte queria lutar e lutar, o que me fazia criar uma rivalidade na minha cabeça contra a Cath. Mas eu iria lutar para estar com o Eric, sendo que o Laík fazia parte dele? Ia lutar por alguém quando ele não era o único? Este trio estava a influenciar demais a minha vida. Estava na hora de pensar bem nas coisas, de as por no devido lugar, o difícil era saber o que estava bem e o que estava errado.

Olhei para o Eric e lá estava ele, lindo e com um corpo dos deuses. Queria desviar o olhar, mas os meus olhos teimavam em olhar para ele. Eu queria mais do que olhar, eu queria tocar-lhe e saber como era sentir o seu corpo. 

Os nossos olhares cruzaram-se e eu senti-me nua, desviei o meu olhar do dele e tentei não ligar a sensação do seu olhar intenso sobre mim. Percebi que me estava a chamar, levantei-me para ir ter com ele, lá estava eu a fazer o que ele queria outra vez. Lá estava eu a ser o cãozinho dele e mesmo sabendo isso eu não consegui virar as costas e vir embora, porque queria saber o que ele queria. 

- O que é que queres? - Perguntei ao Eric

- Vamos dar uma volta sim? - Respondeu-me

Começamos a andar, era tão estranho saber que o Laík estava ali e que podia entrar em cena a qualquer momento, eu não queria isso. Queria passear com o Eric e apenas com o Eric.

- Sei que as coisas não tem andado fáceis, sempre que tento estar contigo o Laík impede-me. Estou preocupado contigo. 

- Não precisas te preocupar comigo. 

- Como não? - Sabes o quanto me custa estar longe de ti?! - Disse olhando para mim 

- Eu só sei o que vejo! - Quase gritei

- E o que vês? 

- Vejo que tu já quase não existes, que não posso contar contigo. Eu não me sinto bem, eu quero-te a ti, não o pacote todo que tu trazes. Eu quero o Eric, não o Eric e o Laík. 

- Infelizmente não posso fazer nada, ele sou eu. 

Qual deveria ser a minha reação a ouvir aquilo? Gritar? Ir embora? Aceitar? Provavelmente nenhuma das anteriores sem ser aceitar ia ser uma boa opção. O que fazer quando amar só não chega? 

- Simplesmente desisto.  - Disse sentindo-me derrotada.

- Desistes?! Como assim desistes? Desistes do que? - Disse pegando no meu braço. 

- Eu não aguento continuar a querer-te e não conseguir nem estar contigo, tenho saudades tuas! É difícil entender que eu tenho saudades tuas?! Só tuas ?! - 

- Porque achas que só é difícil para ti?! Eu tenho alguém na minha cabeça sempre a tentar dizer-me o que fazer, a tentar viver a minha vida por mim! 

- EU NÃO QUERO SABER! - As lágrimas que teimavam em sair acabaram por ganhar, eu sabia que era impossível ficar com ele e isso magoava-me mais do que qualquer coisa. 

- Vem cá Fly. - E puxou-me para ele, para o conforto dos seus braços e eu chorei, chorei como uma criança, chorei até não haver mais lágrimas, mas a cada lágrima eu sentia outra e outra cair. O que podia ser pior? Tentarem matar-me ou eu estar com uma das pessoas mais importantes para mim e no final não era ele? Muitas pessoas podem achar que sou estúpida por não saber se é pior estar a correr risco de vida do que estar sem a pessoa que amo, é uma verdadeira estupidez de facto, mas também é uma dor imensa amar alguém que praticamente não existe. 

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Ai está o capitulo espero que gostem ^^ 

Não se esqueçam das estrelinhas e de comentar :3   



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