Olá meus anjos, espero que estejam a gostar da minha história.
Para mostrar como estou feliz por ter chegado as 1000 visualizações, vou fazer um capítulo especial, como da ultima vez foi dedicado ao Eric desta vez vou fazer do Keyllan.Espero que gostem *-*
Obrigada pelo apoio ^^
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Estava sozinho como era normal, a minha irmã estava fora, o meu pai estava a vigiar o Laík e eu aqui com vontade de ir para terra. Dirigi-me até à sala das visões, sabia que não a devia observar, que estava a ser evasivo demais, mas eu não conseguia estar longe dela, eu não conseguia suportar viver sem ela. Assim que cheguei a sala sentei-me numa cadeira e tudo a minha volta se tornou escuro e vi depois de vários anos, a menina dos meus olhos. Estava igual à ultima vez que a tinha visto, uma lágrima percorreu o meu rosto, como tinha sentido a falta dela... De acordo com a natureza, sempre que reencarnamos devíamos mudar de feições, mas nada nela tinha mudado, o meu coração disparou... Eu não podia deixar que ela morresse outra vez, não podia deixar que ela sofresse...
Algo despertou o meu interesse, a menina dos meus olhos estava a olhar para o braço ensanguentado, tentei que a imagem se ampliasse e assim que vi o seu braço percebi de imediato o que estava a acontecer. Ela estava marcada para morrer... Sentia-me impotente, ela ia morrer de novo e eu não ia poder fazer nada, um desespero se apossou de mim. Eu não podia deixar que isso acontecesse, sabia que falar com o meu pai de pouco adiantaria, mas eu tinha que ao menos tentar. Fui até a sua sala que neste momento estava fechada com dois anjos que eu nunca tinha visto na minha vida.
- Preciso falar com o Kashetall. - Disse não ligando para os seus rostos ofendidos.
- Acho que deverias ter mais respeito, visto que estas a falar com dois dos mais fortes deste reino. - Disse tirando uma adaga de Luz.
- A não ser que queiram que eu vos transforme em sapos é bom que me deixem entrar. - Abri a mão , concentrei a minha energia e fiz uma bola de luz para os ameaçar. Obviamente que não a ia atirar, mas eu não estava propriamente de bom humor para discutir com eles.
- Desculpe-nos, não sabíamos que era o Keyllan! - Deram-me espaço para eu passar e assim fiz.
- Não posso fazer uma bola de luz que estes idiotas sabem logo quem sou. - Disse e eles murmuraram algo que eu não consegui perceber.
Entrei na sala de Deus, o cheiro era nostálgico... O meu pai estava sentado, a olhar muito sério para o ecrã, assim que olhei vi o Laík.
- Pai... - Disse sabendo que ele já tinha dado pela minha presença.
- Que se passa meu filho? Não é normal vires aqui. - Disse observando-me com aqueles olhos de todas as cores.
- Sabias que a Fly esta marcada para morrer? - Disse.
- Marcada? Como assim? Aquele idiota nem esperou ela ter dezoito anos para atacar? - O meu pai levantou-se com ar pensativo.
- Quero voltar para a terra, quero protege-la! - Disse-lhe.
- Sabes muito bem que o teu lugar é aqui comigo e não na terra, é aqui como meu filho e portador da luz! Deixa que eu trato desse assunto.
- Desculpa, mas eu não vou ficar parado a ver a mulher que eu amo morrer de novo. - Virei costas e vim embora.
Eu não ia mesmo deixar que ele me prendesse, sabia porque ele estava a fazer isto. Eu tinha duas hipóteses, tornava-me humano tendo apenas uma vida, sem reencarnar mais ou então seria o Deus que o meu pai tanto queria. Dei uma volta pela ilha, sempre que eu passava as almas e anjos ficavam a olhar-me admirados, os meus olhos chamavam a atenção a qualquer ser que se cruzasse comigo, neste momentos estavam roxos com raios pretos. A cor dos meus olhos era o reflexo da minha alma, mas ninguém sabia disso, não era bom saberem o que eu estava a sentir. A minha cauda ondulava fazendo as crianças virem ter comigo.
- Posso tocar? - Uma criancinha pergunta, as suas bochechas avermelhadas denunciam a sua vergonha.
- Claro que podes. - Digo mexendo a minha cauda devagar para que a criança não se assustasse. Assim que tocou nela foi embora com os outros meninos.
Caminhei até ao meu quarto e deitei-me na cama, só havia uma maneira de eu conseguir salvar a Fly. Concentrei toda a minha energia e vi-me entrar na sua mente, era um lugar confuso, desorganizado, os pensamentos eram estranhos e eu não compreendia. Não era fácil entrar na mente de outra pessoa, podíamos ficar lá presos e nunca mais sair, a minha alma ia ficar presa ao seu corpo até que ela morresse. Tentei usar os meus poderes psíquicos o mais eficientemente que pude e vi-me nos seus sonhos, percebi que algo não estava bem, ela estava com medo, vi um abismo diante de mim e eu sabia que ela ia morrer, sabia que ela ia cair, sai da sua mente e materializei-me para que a pudesse salvar. Trouxe-a para um lugar seguro da ilha, ela era a rapariga mais linda que alguma vez tinha visto, os seus olhos eram azuis, o seu cabelos era escuro, longo e ondulado, os seus lábios eram rosas e a sua pele era clara. O meu coração acelerou e o que eu queria era beija-la, mas não podia. Depois de saber que ela estava bem desapareci do seu sonho, tinha sido a primeira vez que a tinha encontrado, depois de tanto tempo...
"Eu vou-te proteger!" - Jurei a mim mesmo.
Visto que eu não podia ir para a terra sem um corpo humano, fui até a sala onde estava o meu corpo inanimado. Ele não aguentaria durante muito tempo, a minha magia era demasiada, eu teria que arranjar maneira de ir para terra sem ter que nascer de novo, uma maneira de conseguir que o meu corpo aguentasse todo o meu poder sem explodir.
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Estava a caminhar para a sala de visões, eu não tenho o dom da premonição, mas quando os anjos sonham muito com uma coisa, ela pode acontecer. Os pesadelos com a Fly estavam cada vez piores, todas as noites eu sonhava que ela caía num abismo, já a tinha salvado uma vez, mas isso não significava que não tentassem mata-la da mesma maneira. Assim que cheguei a sala vi-a a cair de um abismo, mas não era um abismo qualquer, era o abismo do meu pai. Teletransportei-me, eu não podia perder tempo. Assim que me vi no buraco negro, as minhas asas começaram a ficar magoadas, as laminas cortavam todo o meu corpo, tentei usar o meu poder para regenerar o meu corpo, mas ele sugava a minha energia, deixei-me cair de cabeça para que chegasse a Fly antes dela morrer. Assim que a vi abracei-a, estava desmaiada. Tentei acorda-la, mas ela não reagia, e eu não sabia o que fazer. Tentei protege-la tapando-a com as minhas asas feridas. A solução era conseguir fazer uma barreira antes de perder a consciência.
- Eric? - Perguntou-me, mas assim que falou voltou a desmaiar.
Assim que o abismo começou a ficar mais estreito, eu consegui devorar o poder de uma lamina negra que estava lá e consegui teletransportar o corpo da Fly para uma gruta que ninguém mais conhecia , só eu e a minha irmã. Assim que a deitei, vi o estado lastimável em que estava o seu corpo, a respiração dela estava fraca e eu não pensei duas vezes, beijei os seus lábios rosados e transferi o poder necessário para a regenerar. A sua pele cheia de cortes começou a sarar.
- Desculpa deixar-te sozinha... Vou buscar o Eric. - Sussurrei.
Dei-lhe um beijo na testa e sussurrei-lhe ao ouvido:
- Amo-te minha pequena.
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Gotas de Luz
FantasySabes quando tudo no teu mundo é o dito normal? Era assim o meu mundo até descobrir seres sobrenaturais e estar em perigo de morte. Seria o meu destino morrer ? Ou ter o meu coração partido?