27. Gatinha

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Três semanas depois

Não dormia direito provavelmente a duas noites ansiosa com a viagem que organizávamos desde o início do ano. Agora Joanne queixava-se das dores nos pés, agora estava com quatro meses quase cinco, a sua barriga era tão perfeitinha e ficava ainda mais quando ela usava vestidos. Tanto eu como o resto deles éramos uns tios babados.

"Hope!" Michael gritou.

"Já vou tem calma Mike" Resmunguei arrastando a última mala para a carrinha que havíamos alugado. Uma pão de forma.

"Prontos? Não falta nada, Joanne?" Calum perguntou girando as chaves da carrinha no indicador.

"Não, está tudo" Joanne disse indignada. "Apenas a tua dignidade." Ri assim que Joanne bateu com a cabeça no teto da carrinha, literalmente eu morri de tanto rir.

"É o karma amor, fodido" Calum disse irônico.

"Hope anda para aqui, vais-me deixar sozinho três horas de viagem?" Reclamou Mike cruzando os braços, derreti-me com a sua atitude ciumenta e sentei-me do seu lado, nos bancos de trás estendendo as pernas no seu colo.

"Eu sei o que vais para ai fazer" Luke virou-se para trás rindo, enquanto Amy ofendida ainda a rir lhe bateu no braço fazendo-o voltar-se para a frente novamente. Ashton e Tara iam do lado deles também, e desta vez pareciam mais próximos.

"Se sabes não voltes a olhar para trás loira" Michael atirou para o ar ainda de braços cruzados fazendo-me rir. Eram poucas as vezes que o via assim, então ia aproveitar.

Joanne cantava com Calum alegremente as músicas da rádio, eles mais gritavam do que cantavam. Luke e Amy viam algo no iPad e Ashton e Tara conversavam amigavelmente sobre algo que eu não prestei atenção, apenas vi que ambos sorriam.

Michael continuava amuado fazendo-me soltar pequenas gargalhadas baixas. Chamei a sua atenção traçando a tatuagem do seu antebraço, o mesmo murmurou algo que não entendi mas vindo de um Gordon Ciumento apenas poderia ser "Tira-me a mão".

"Michael" Choraminguei tentando encostar a minha cabeça no seu peito mas os seus braços cruzados não deixavam.

"Vai falar com a Joanne" Disse olhando para a vista montanhosa do outro lado da janela.

"Preciso de parar" Avisou Calum.

"Preciso de vomitar, socorro" Disse Joanne aflita. "Preciso de fazer chichi também." Joanne praticamente arrancava o braço de Calum.

Depois de pararem na bomba de gasolina mais próxima, Joanne voou para fora do carro tropeçando até chegar ao WC, já Calum foi até ao pequeno mercado com os restantes, deixando assim apenas eu e Michael no carro.

"Bebe, não fiques assim. Eu não estou aqui do teu lado?" Perguntei retoricamente beijando a sua bochecha.

Michael olhou-me com um sorriso matreiro, lambendo os lábios rapidamente puxando-me pela nuca colando assim os nossos troncos.

"Anjo" Riu beijando o meu queixo, provocando-me. Revirei os olhos afastando-me dele voltando a sentar-me. "Hope!" Riu alto puxando-me pela cintura para o seu colo.

"Pensei que me fosses beijar" Revirei novamente os olhos, cruzando os braços no meu peito, de proposito.

"Eu beijei-te" Riu rouco beijando novamente o meu queixo. Tentei novamente sair do seu colo, mas Mike impediu-me segurando as minhas ancas fortemente. "Estava a brincar contigo anjo" Sorriu beijando os meus lábios lentamente afastando-os logo em seguida.

"Mike" Choraminguei apoiando-me nos ombros dele. "Birrento" Bati no seu peito levemente.

"Eu não sou birrento" Resmungou colocando o meu cabelo tudo para um lado.

Com tal gesto, automaticamente inclinei o meu pescoço para o lado onde o cabelo pousava. Deixando a extensão do meu pescoço e ombro nua.

"Sempre gostei do teu cheiro" Ronronou Michael contra o meu pescoço, a sua respiração embatia na minha pele deixando-me arrepiada. Os seus lábios delicadamente fizeram um trilho de beijos até ao meu maxilar, voltando a descer até ao meu ombro, sugando a pele das minhas clavículas fazendo-me soltar um pequeno suspiro. Com isso Mike levou as suas mãos até dentro do meu vestido, e assim que o fez uma batida forte no vidro fez-me saltar do seu colo deixando-me sentando de uma maneira estranhamente confortável no seu peito.

"Uma pessoa não vos pode deixar sozinhos uns minutos, parecem coelhos" Resmungou Luke adentrando o carro assim como todos eles.

"Isto não está acabado ainda gatinha, está longe de acabar" Sussurrou trincando lentamente o lóbulo da minha orelha.

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Assim uma pequena nota!

Os próximos sete capítulos da Hope (sem contar com este) vão ser o que vão compensar esta viagem! Quando regressarem tudo o que podem pensar vai acontecer.

E só mais uma coisa,

Vejo que algumas de vocês deixaram de comentar ou então comentam menos, e desculpem se é só coisa da minha cabeça mas parece que já não comentam com o sentimento dantes. Mais uma vez desculpem se é só coisa da minha cabeça. E se há algo que querem que mude, algo que não gostam? Por favor digam, até porque isso vai ajudar a minha escrita a melhor assim como a própria Hope.

Beijinhos!!

HOPE » Michael CliffordOnde histórias criam vida. Descubra agora