31. És o meu poema favorito

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O meu pé embati repetidamente no chão preto da loja. Estava nervosa e ansiosa para acabar logo com isto. Já havia escolhido o desenho final da tatuagem, e tinha-o comigo. Michael ria das minhas figuras apertando a minha mão dizendo que tudo ia ficar bem rindo ainda mais das minhas respostas rápidas.

"Hope, é só uma tatuagem. Vais sobreviver." Michael apertou a minha mão assim que o tatuador apareceu indicando-nos o caminho. Depois de me sentar no sítio apropriado Michael entrelaçou novamente os meus dedos aos dele beijando por fim os meus nós.


"Então tens alguma história por detrás do desenho?" Perguntou o tatuador ligando a máquina. O barulhinho agoniante fez os olhos de Michael brilharem, ele estava feliz por eu entrar no clube mas neste momento eu estava tão nervosa que estava com medo de não saber falar.


"Apenas as lendas fantásticas entre o amor do Sol e da Lua" Ri baixo observando Michael, ele sabia ou então pelo menos suspeitava.


Entre conversas entre Michael e o tão animado tatuador, Adam cujo descobrimos o nome, eu soltava pequenos grunhidos de dor apertando a mão de Mike como se o mundo dependesse disso, este por sua vez tentava relaxar-me beijando o meu ombro.


"Hope, vais partir-me a mão." Sussurrou rouco tentando mexer a sua mão, mas eu não deixei que este largasse a minha mão.


"Nem penses" Ameacei fazendo-os rir.


Meia hora depois, quando o Sol já se começava a esconder na linha do horizonte, a tatuagem estava feita. Agradeci mentalmente, pagamos e sai com a coxa embrulhada no plástico transparente habitual.


"Está tão bonita a tua tatuagem bebé." Michael disse orgulhoso beijando a minha bochecha corada ainda devido a dor.


"Está a arder um pouco" Admiti com uma expressão aflita.


"Quando chegarmos podes por um pouco de gelo" Aconselhou.


MICHAEL



Hope sentou-se do meu lado no sofá, enquanto eles viam um filme de comédia. Passava o saco de gelo na sua coxa e o frio aliviava a dor dela.


"Já dói menos?" Perguntei observando-a relaxar no sofá.


"Um pouco, obrigada anjo" Sussurrou beijando a minha bochecha.


"Vocês são nojentos!" Calum disse rindo alto.


"Não fui eu que adormeci na praia em trajes menores" Michael respondeu de raspão fazendo todos rirem.


O ambiente estava quente, era desconfortável, toquei no ombro da Hope com o meu despertando a atenção dela do filme. Hope olhou para mim questionando-se do que eu queria. Sorria-lhe sugestivamente puxando-a pela anca para mais perto de mim.


"Podíamos usar esta noite para nosso favor." Hope corou, revirando os olhos.


HOPE » Michael CliffordOnde histórias criam vida. Descubra agora