17. Amo-a (Parte 2)

228 33 30
                                    

Peguei numa mochila e coloquei apenas algumas peças de roupa junto de roupa interior e itens de higiene. Não conseguia falar ou mesmo acalmar-me nada me acalmava.

Implorei que me deixassem ir sozinha até ao aeroporto, eu precisava de fazer isto sozinha. Eles não tinham de se sacrificar com os meus dilemas. Michael insistia em acompanhar-me mas eu não podia deixar que ele me visse naquele estado, não queria que ele nem ninguém me vissem daquela forma frágil e fraca chegando a ser vulnerável quase em decadência.

"Hope" Michael agarrou na minha mão puxando-me contra ele, debati-me contra ele mas acabei por desistir.

"Não Michael, eu preciso de fazer isto sozinha" Sussurrei limpando as lágrimas para não molhar a sua camisola.

"Não posso deixar que o faças sozinha Hope, olha bem para ti eu não te posso deixar agora" Falou docemente nunca largando a minha mão.

"Mike por favor"

Não troquei mas nenhuma palavra com ele, o táxi havia chegado, antes de entrar no mesmo Michael abraçou-me e beijou-me como se o mundo fosse acabar. Ele sabia os meus medos melhor que ninguém.

"Vai ficar tudo bem, apenas lembra-te que és mais corajosa do que acreditas ser, mais forte do que pareces e mais inteligente do que acreditar. Mas nunca te esqueças que és a minha menina, a minha Hope" Michael sussurrou acariciando a minha bochecha húmida com o seu polegar.

Apertei a sua mão fracamente antes do táxi partir, observei-os e naquele momento eu sabia que estava a desmoronar. Sabia que as paredes que havia construído com o tempo estavam a cair lentamente, estava a tornar-me novamente na Hope frágil e inocente talvez ingenua. A Hope que amava.

Talvez por não ter a noção do tempo, quando finalmente cheguei ao aeroporto o céu já estava escuro e estava frio, muito frio. Depois de pagar ao taxista o mesmo educadamente agarrou na minha mão e olhou-me com compaixão.

"Vai ficar tudo bem minha filha, és nova demasiado nova para que a vida te mostre tanta dor" Sorriu-me e eu tentei retribuir o sorriso.

"Muito obrigada" Sussurrei afônica.

O voo estava cada vez mais próximo, e agora apenas esperava para embarcar. Observava pontos variados, tinha um aperto na garganta e sentia como se o mundo me esmagasse a cada segundo.

Neste momento sentia-me um paradoxo vivo. Queria estar feliz, mas a minha mente assassinava-me com memórias de um passado tenebroso. Odiava a pessoa que me tornei mas amava quem era. Digo que não quero saber mas na verdade sou a que mais se importa. Desejo amor e atenção as rejeito quando estes vêem ao meu encontro. Sou uma contradição complexa e hoje eu entendi que se não me descobrir nunca ninguém o vai conseguir fazer por mim.

"Atenção passageiros do voo 567, por favor dirijam-se até à porta de embarque" Suspirei com o pouco de ar que tinha. Levantei-me e assim que dei alguns passos alguém me puxou.

Era ele.

Era o Michael.

Arregalei os olhos assim que o vi, estava mais que surpreendida por ele estar aqui.

"Hope, tu não podes fazer isto sozinha" Sussurrou envolvendo o meu corpo num abraço. Queria chorar mas já não tinha mais lágrimas.

"Eu preciso, eu não quero que ninguém me veja assim" Confessei afundando a minha cara no seu peito.

"Por favor Hope não me faças isto, não me afastes de ti" Michael prendeu a sua respiração por uns momentos. Estaria ele quase a chorar? "Não me afastes, Hope não agora" Senti uma lágrima cair na minha bochecha, ele estava mesmo a chorar.

Abracei-o ainda com mais força, tudo ficou silencioso. Eramos só nós. Mas nada importava.

"Michael eu nunca te vou afastar de mim, eu amo-te demasiado para isso. Mas por favor deixa-me fazer isto sozinha" Disse-lhe docemente depositando um leve beijo nos seus lábios, como se ele fosse de vidro.

Michael largou a minha mão e deixou-me ir, caminhei em direção a grande porta de embarque.

Michael

Eu soube neste preciso momento que a amo. Eu amo-a. Vê-la partir daquela maneira matou-me por dentro. Sabia os seus medos, e sabia que ela estava assustada agora.

Era a minha menina, não queria que nada lhe acontecesse. Não queria que ela sentisse tamanha dor na sua vida. Hope deveras não merecia isto, ninguém merece, mas ela é a Hope a minha Hope e eu não posso vê-la assim.

Hope cruzou a porta de embarque, olhou para atrás e mesmo distante pode ver que ela ainda tinha lágrimas nos olhos.

"Eu amo-te Hope" Disse para mim mesmo, soube bem dizer. Eu apenas lhe queria dizer agora.

________________________

Queria apenas deixar aqui uma pequena nota.

Este capítulo foi complicado de escrever para mim, apenas quero que saibam disso porque como "escritora" sou bastante transparente e acho que deixo visível todos os sentimentos assim como os das personagens como os meus.

Espero que tenham gostado.

E eu quero agradecer do fundo do meu coração por comentarem, eu estou tão feliz vocês não entendem.. SINTAM-SE ABRAÇADAS POR MIM AHAHA

e só mais uma coisa, eu tenho de fangrilar sobre isto sabem quem é o Nate Maloley ou Skate (Skathan) ok se não souberem não faz mal ele lançou um vídeo novo para a música Little Bit que envolve o novo filme do Kian o The Chosen só queria dizer-vos

IDE VER O VÍDEO AMIGAS NÃO SE VÃO ARREPENDER !!!

HOPE » Michael CliffordOnde histórias criam vida. Descubra agora