Merry things

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Harry parecia uma criança desde que chegamos nesse parque. Se eu estou incomodada? Claro que não. Esse lado dele só faz com que eu fique cada vez mais encantada. Sento num balanço e fico observando ele correr de um lado pra outro, rolar na grama, saltitar, com um sorriso enorme com covinhas que me faz perder o ar.

Olhar pra ele faz com que eu me pergunte porque um cara como ele quer alguma coisa comigo. É tudo tão inacreditável, tão maravilhoso. Mal noto que ele está correndo em minha direção de tão longe que eu fiquei em meus pensamentos.

- Mer, olha o que eu achei! - ele vem exclamando um pouco alto, com as mão fechadas.

- O que, amor? - eu pergunto e ele pausa pra me lhar nos olhos e lançar um sorriso.

O que ele tem? Como ele consegue me deixar assim só com um sorriso?

- Uma joaninha. - ele diz enquanto abre as mãos encima das minhas e eu a vejo.

Ficamos brincando com ela, sentados lado a lado até que ele decide colocá-la de volta onde a achou. Eu lembro que tinha planeijado sair sozinha a tarde, que já se aproximada, mas nada melhor do que uma mudança de planos pra incluir Harry.

- Harry, eu tava pensando em sair por aí sem rumo a tarde, quer me acompanhar? - sorri e ele logo me retribuiu. 

Quantos sorrisos, eu possívelmente morreria naquele dia de tanto desejo.

- Claro. Pensou no que? - ele perguntou se jogando atras de mim e me puxando, fazendo com que nós dois deitassemos na grama.

- Não sei mesmo. - falei e ele fez uma cara de quem estava interessado, então continuei. - Só andar.

- Acho que podemos juntar tudo e dar a você um dia maravilhoso com o bonitão aqui. - ele disse, colocando uma mão no peito.

- RRUM! Quem disse que eu quero? - eu perguntei.

- O seu sorriso. - ele falou e me deu um selinho. - Agora, vamos, você tem que se divertir! - ele gritou, dando ênfase a ultima palavra e se levantando rapidamente.

Quando dei por mim, estava sendo erguida em seu ombro e sendo carregada que nem um saco de batata pelo parque.

- PARA COM ISSO, SEU BOBÃO! - eu gritava e isso só o fazia rir mais e continuar. - ME SOLTA, BABACA.

- NUNCA! - ele me desceu um pouco e começou a correr sem rumo com mais rapidez.

- HARRY, EU TÔ COMENDO O SEU CABELO! - eu disse, fastando as mechas que estavam grudadas no meu rosto. - Nada contra o seu cabelo. Ele é lindo. Seria um disperdício COME-LO. 

Ele soltou um risada engraçada e eu comecei a me sacudir até que estávamos os dois no chão, completamente tortos.

- Olha só o meu cabelo! - eu protestei e bati nele.

- Tá linda. - ele disse e deu um beijo no alto da minha cabeça. 

- Mentiroso. - eu falei e dei língua pra ele.

- NUNCA MAIS REPITA ISSO! - ele gritou e fingiu estar realmente magoado.

- MENTIROSO! - eu falei já me levantando e correndo.

Ele veio correndo atrás e quando me alcançou não conseguiu diminuir a velocidade. Em um segundo nossos corpos se chocaram e no seguinte estávamos os dois jogados no chão, um pra cada lado, morrendo de rir.

- Eu vou voltar pra casa hoje e meu pai vai procurar um advogado pra processar o cara que tá AGREDINDO a filha dele! - Harry não conseguia parar de rir, então eu fui me arrastando até ele e plantei um beijo em seu pescoço.

No mesmo instante ele parou de rir e puxou meu rosto pra si, me trazendo pra mais perto dele. Estávamos deitados, no meio de um parque público, demonstrando pra todos que estávamos juntos e isso não me assustava mais, não depois de mais de dois meses juntos. Mas mesmo assim ainda era estranho saber que no dia seguinte teriam fotos em revistas e sites falando sobre o nosso dia juntos.

Depois de um tempo fomos almoçar, algumas fãs nos pararam e era realmente interessante como elas faziam questão que eu também aparecesse na foto, apesar de que eu não fazia nada. Abby já conversou comigo sobre isso e nós duas temos a mesma opinião, pensamos que essas meninas são muito especiais. Elas amam esses meninos e consequentemente o que os deixam felizes. Mas ainda é muito estranho ter todo esse apoio, querendo ou não nós não fazemos parte desse mundo.

Abby e Niall ainda não assumiram o que têm, mas todos nós sabemos que eles estão junto e a ultima coisa que eles querem é esconder. Ela diz que eles estão indo devagar e eu os adimiro por isso. Eu e o Harry também tivemos o nosso tempo e isso foi extremamente importante pra o que temos hoje.

Eu posso sair em várias revistam com o Harry, assumir o namoro e tudo mais, mas nunca o apresentei à minha família. Ele já conheceu o meu pai, mas nunca foi na minha casa. Mamãe vive viajando e Tyler.. Bom, Tyler é melhor nem comentar.

Depois de comermos, fomos em um shopping. Harry insistiu e eu tentei, mas não consegui fazê-lo mudar de idéia. Ele me levou para experimentar algumas roupas e eu o fiz experimentar um vestido o que rendeu boas risadas. Estava no trocador, só ajeitando um vestido corpo quando ouvi sua voz.

- Mer, dá uma olhada nisso. - ele jogou um conjunto de lingerie por cima da cortina e eu abri na mesma hora fazendo ele se assustar.

- Sério Styles? - eu perguntei séria e ele corou um pouquinho, me fazendo sorrir e dando esperanças pra ele.

- Por favor? - ele falou, carregando o 'R' e eu cobri o rosto.

- No meio da loja? - eu falei apontando e volta. - Nem pansar, gatinho.

- Eu entro no provador com você e vejo então. - ele falou e eu fiz uma cara de espantada.

- Sem chance, Harold. - eu falei e ele se aproximou tocando a parte da minha cintura que o vestido deixava nua.

- Não vai ter nada que eu não tenha visto ainda. - ele sussurou no meu ouvido e todos os meus poros se arrepiaram.

Argumento válido.

Sorri pra minha mesma enquanto ele plantava beijos no meu pescoço.

- Agora não, carinha. - eu disse, o afastando de mim e entrando de volta no povador. - Quem sabe mais tarde..

- Eu ODEIO quando você me chama de carinha. - ele disse e eu fiquei rindo sozinha.

Passamos mais algum tempo na loja, levamos algumas coisas e fomos na praça de alimentação pra fazer um lanche. Ninguém é de ferro. Duvido você resistir ao cheiro que o McDonalds tem quando você passa na frente e tá com, nem que seja só um pouquinho, de fome.

- Pra onde nós famos agora, milady?

- Hm, não sei. - eu falei, apoiando o queixo em uma mão.

- Quem sabe pra sua casa? - ele disse, fingindo estar apenas cogitando uma ideia, mas eu sabia que ele queria ir, depois do momento na loja..

- Boa ideia, jovem. - eu disse e ele sorriu.

Selei nossos lábios e nós dois nos levantamos na mesma hora e seguimos pro carro. Eu estava pensando no que eu estava fazendo. Hoje é um sábado, meu pai talvez esteja se arrumando pra um evento, já que é fim de tarde e mamãe só volta aos domingos. Talvez estivesse tudo limpo.

Mantive o pensamento na melhor possibilidade até quando estávamos a dois quarteirões de distância e meu celular vibrou. 

- Alô, filha. - ouvi a voz do meu pai do outro lado e fiquei inquieta.

- Sim? - respondi rapidamente.

- Estou saindo de casa. Você vai demorar muito?

- Não, não. - respondi enquanto pôneis cloridos trotavam lindamente ao meu redor.

- Ok, então estou saindo.

Ele desligou e eu fiquei sem entender. Fiquei sem entender até olhar pra porta da frente do apartamento e notar as luzes acesas. Meu pai não sairia e deixaria as luzes acesas, tipo NUNCA. 

Oh, Deus. Isso só tinha uma resposta: TYLER. 

E um complemento: JOHANNA.

A blessing in disguiseOnde histórias criam vida. Descubra agora