Wedding day

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Sorri e ajeitei a gravata azul royal, passei as mãos na gola da camisa do Niall olhando no fundo dos olhos dele. A cor da gravata ressaltava o azul puro deles. Ele se inclinou e deu um beijo na minha testa.

Olhei pro lado e encontrei meu pai escorado na porta. Cruzei os braços em reprovação porque ele estava nos vigiando. Ele conheceu Niall antes de ontem, assim que chegou em Londres para o casamento.

Niall sorriu e beijou o topo da minha cabeça antes de me diexar sozinha com o meu pai.

Assim que ele saiu do quarto, meu pai abriu os braços e eu me encolhi no abraço dele. Eu tinha sentido muita saudade de tê-lo por perto.

- Sabe, Byh, - sorri ao ouvir o apelido que só ele adotou. - Quando eu vejo você e o Niall juntos, eu fico com ciúmes. - ele falou e eu ri. - Deixa eu terminar. 

- Tudo bem. - eu falei, parando de rir.

- Mas eu também, automaticamente, lembro de quando eu era jovem e tinha a sua mãe nos meus braços. - travei, mas me afastei um pouco pra conseguir olhar nos olhos do meu pai.

Ele sorriu levemente. Antes de continuar, desviou o olhar e continuou a falar com os olhos no teto do meu quarto.

- Nós dois éramos.. tão apaixonados. Casamos cedo, ninguém queria que nós cometessemos esse "grande erro", como eles insistiam em taxar, mas nós não ligamos. Nós não tinhamos nada, mas tinhamos um ao outro e isso fazia com que tivéssemos o suficiente. - sorri com as palavras dele.

Eu sentia que agora, falar da mamãe não era sobre a tristeza de não a termos mais e sim sobre o tempo que tivemos ela conosco, como ela nos fez feliz, acima de tudo e apesar de tudo.

- Quando o Theo veio, eles disseram que depois do nascimento dele nós estaríamos presos um ao outro pro resto de nossas vidas.. Nós dois agradecemos muito por isso. E depois veio você, minha pequena garotinha e.. - ele começou e eu sorri mais ainda. - A nossa relação só se fortificou. Quando você ama mesmo uma pessoa, não é como as pessoas falam. Quando você realmente ama, não tem perigo da relação esfriar. Porque você vai querer fazer essa pessoa se sentir bem ao seu lado e ela vai querer o mesmo a você.

Deitei minha cabeça no ombro dele e ele me abraçou mais forte.

- Senti sua falta, Byh.

- Também senti sua falta, pai. - falei, me lembrando de todos os momentos em que eu preisei de um conselho e não tive coragem de pedir ao meu pai.

- Porque eu não estou participando desse momento em família também? - Theo perguntou assim que apareceu na porta.

Soltei uma risada enquanto me searava um pouco do meu pai.

- Sai daqui! - eu protestei. - Você me largou aqui e foi curtir a vida com uma menina que eu nem conheço. - empurrei ele de leve e ele descontou.

- Você guarda muito rancor. - ele disse, fazendo uma careta. - Isso não ajuda em nada.

Eu ri e bati no ombro dele.

- Eu ainda não coheço essa garota.

- Nem eu! - meu pai se pronunciou, franzindo o cenho.

- Ela é linda. - Theo disse e eu ri da cara dele, que me deu outro empurrão.

- Eu tô de salto, seu idiota. - eu disse, devolvendo o empurrão.

- Então para de empurrar. - ele disse, cruzando os braços.

- Criança! - eu falei, cruzando os meus e o encarando.

- Chata! - foi a vez dele e meu pai revirou os olhos.

- Não fuja do assunto, Theo. - meu pai disse e Theo bufou. - Eu ainda quero conhecer essa tal menina com quem você passou um semana inteira.

A blessing in disguiseOnde histórias criam vida. Descubra agora