Legal. Legal. Legal. Legal. Legal. Legal. Legal. Legal. Legal. Legal. Legal. Legal.
Nada pra fazer.
Sai andando pela casa, batendo os braços, pulando. Até crie um jogo: eu tinha que correr dando duas voltas na mesa da sala, depois pular por cima do sofá, passar por debaixo da mesa de centro e terminar o circuito na porta da geladeira, na cozinha.
Não preciso nem dizer que não terminou muito bem.
Fiquei boa parte da tarde sentada na mesa de centro assistindo televisão enquanto colocava gelo no meu tornozelo, porque tava com raiva do sofá, que tinha me derrubado mais cedo.
Fui dormir cedo pro tempo passar mais rápido. Não consigo ficar no computador sem querer fuçar na vida dos meninos pelos sites de fofocas e isso nem sempre faz bem pra mim.
Acordei me sentindo cansada de tanto dormir, tomei banho e fui me ajeitar pra ir encontrar Anna no editorial. Fiquei me sentindo um pouco rídicula, mas a esperança de que talvez a Anna tivesse me chamado pra me mandar cobrir a turnê dos meninos com críticas, mas ignorei o pensamente pela impossibilidade eminente da situação.
A turnê começava hoje a noite. DÃ. Ela não faria isso. Sem falar que talvez não fosse muito interessante fazer críticas sobre a banda do seu namorado, claro que elas seriam positivas.
Fui me arrastando pro tempo passar nem que fosse um pouquinho até a entrevista, mas acabei parando um pouco mais cedo na entrada do editorial. Decidi ir em alguma lanchonete próxima pra botar aguma coisa na barriga e acabei chegando atrasada pra conversa com Anna.
"Boa Abby, você sempre consegue piorar mais um pouquinho as coisas." - falei pra mim mesma enquanto corria até o escritório da Anna. A encontrei sentada em sua cadeira, olhando fixamente pra tela de um computador, talvez checando os ultimos e-mails.
- Você está atrasada, Abigail. - essas foram as primeiras palavras dela e toda a possibilidade de que a conersa fosse boa desapareceu.
- Desculpa, na verdade eu tinha cegado cedo demais, daí eu pensei em passar..
- Você não precisa tentar dar explicações, você falhou. - ela tirou o olhar da tela e direcionou aos meus.
MEDO.
- Desculpa. - eu murmurei.
- Sente-se. - ela falou, bruscamente e eu cedi na cadeira.
- É por causa dos seus pensamentos egocêntricos que a revista não tem êxito, Abby. - ela afirmou, a partir desse momento ela não tirou os olhos de mim.
- Como assim? - eu perguntei, um pouco insegura.
- Você pensa que eu não sei o que você fez? - ela lançou a perguta ao ar e cruzou os braços.
- Eu não estou entendendo..
Ela virou a tela do computador e eu pude ver uma foto dos meninos comigo e as meninas.
- Você achou que eu não ficaria sabendo?
- Na verdade, eu achei que..
- Eu não me importo. - ela falou seriamente, me interrompendo. - Eu realmente não mu importo com o que você achou. - ela se levantou, colocando as mãos sobre a mesa a minha frente. - Você tem que deixar esses seus princípios egoístas de lado TODA vez que você lembrar que trabalha AQUI! - seu olhar não desviava do meu. - Você TEM que pensar na empresa e no que você PODE fazer por ela. Porque se você não pensar OUTROS VÃO PENSAR!
Ela voltou à tela do computador e me mostrou amatéria que acompanhava a foto, de uma revista rival, com inúmeros detalhes sobre a festa de comemoração dos meninos.
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A blessing in disguise
Romantizm"Eu não sou perfeita. Nunca vou ser. Demorou muito tempo pra que eu pudesse aceitar e entender isso, mas agora eu sei. O que eu realmente quero é não ser igual a todas as outras." Abigail Bourne nem sempre foi a menina forte e confiante que ela é ho...