Eu estava sentada em um sofá marrom em uma varanda e via um lindo jardim na minha frente. Era tudo maravilhoso, mas só tinha um problema: não tenho a mínima idéia de como eu vim parar aqui nem do que eu tava fazendo nesse lugar.
Olhei pro meu lado e vi Niall com um sorriso doce nos lábios, relaxei meus ombros e retribui o sorriso, me aconchegando nos braços dele. Não senti necessidade de falar nada pra ele, parecia que todas as palavras que tinham que ser ditas já haviam sido escutadas.
A mão esquerda dele encontraram as minhas que estavam repousadas no meu colo. Comecei a acariciá-la com a ponta dos meus dedos. Senti os calos formados por conta do violão e sorri, senti um anel. Levei a minha vista até o seu dedo anelar e encontrei um fino anel dourado. Meu sorriso ficou bem maior quando encontrei um semelhando no meu dedo.
Seus olhos encontraram os meus e eu senti uma necessidade enorme de falar alguma coisa, mas ele abriu a boca.
- Abby.. - ele falou. - Abby?
Ele continuou a me chamar até que a voz dele foi se transformando e tudo foi ficando embaçado.
Senti alguma coisa ser jogada contra o meu rosto com uam força descomunal.
- AI, MEU DEUS! - eu gritei, abrindo os olhos e tirando um travesseiro da minha cara, que deduzi ter sido a coisa que tinha vindo de encontro ao meu rosto a pouco tempo.
- Abby, porque você nao acorda? - ouvi Mer contestando antes de se jogar encima de mim.
- Mer, você ta gravida! - eu protestei querendo que ela fosse mais cuidadosa.
- Isso mesmo, eu to gravida. E gravidez não e doença. - ela falou revirando os olhos e eu me sentei.
- Enfim.. - eu comecei, enquanto procurava um relógio. - O que traz a sua ilustre presença as duas da matina na minha cama?
- Eu precisava te contar algumas coisas.. - ela disse.
- AH. - eu falei e olhei em volta. O quarto estava completamente iluminado. - Tu Acendeu a luz e eu não acordei? - eu perguntei, saindo do foco da conversa e ela riu.
- Se tu acordasse quando eu acendesse a luz, a vida ia ser bem mais fácil. - ela falou, suspirando.
- Não me culpe. O problema é que você sempre aparece pra me contar essas coisas quando eu tenho que estar dormindo, e você sabe que isso fala mais alto que qualquer coisa. - ela soltou uma risada e eu alisei o lençol que estava em volta das minhas pernas.
- Talvez você que esteja dormindo nas horas erradas. - ela falou, tentando justificar seus feitos.
- Isso eu tenho certeza que é uma tremenda calunia. - eu falei, a fazendo rir novamente - Mas então, o que você tem pra falar? - eu perguntei e ela suspirou
- Meu pai chorou. - ela falou de uma vez e eu demorei pra processar a informação.
- Como assim? Porque? Assim que você falou? Ele ficou tipo, super decepcionado? - eu lancei pra ela enquanto ela sorria.
- NOSSA.. São muitas perguntas. - ela riu e respondeu calmamente. - Não. Ele não ficou extremamente decepcionado. Ele olhou pra mim, olhou pro Harry, olhou pra minha barriga e começou a chorar. Eu já tava preparada pra correr até ele e dizer que sentia muito e tudo mais mas aí ele sorriu e começou a dizer que ele era o avô mais feliz do mundo. Que isso poderia acontecer mais tarde, mas se aconteceu agora, nós temos que lidar com isso e que vamos fazer isso da forma que essa criança merece e que ela merece o melhor. Eu fiquei pasma, claro e Harry sorriu pra mim. Depois concordou com o meu pai que ficou enxugando as lágrimas enquanto a mãe do Harry batia palhinhas, super animada e o seu padrasto parecia realmente feliz. Foi tudo tão estranho.
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A blessing in disguise
Romance"Eu não sou perfeita. Nunca vou ser. Demorou muito tempo pra que eu pudesse aceitar e entender isso, mas agora eu sei. O que eu realmente quero é não ser igual a todas as outras." Abigail Bourne nem sempre foi a menina forte e confiante que ela é ho...