Expurgar

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 Expurga,
do corpo e da alma,
expulsa da tua veia
e incendeia.
Ali ou num canto qualquer,
mas não deixe um vestígio sequer. 

Se preferir finja que não aconteceu,
que esqueceu,
assim repentinamente sua mente apagou,
e você também não se preocupou.
Não quis voltar a lembrar. 

Por fim poderemos escapar,
de felicidade inundar.
Poderemos finalmente transbordar,
ser mais do que a borda nos permitiu.
Se é que esse limite existiu,
ou foi tudo que criamos para nos proteger.


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