Sensibilidade I
Sensibilidade na ponta dos dedos,
no tempo que traz a idade.
Nos ouvidos e na ponta da língua,
que com palavras insensíveis te deixou a míngua.
Minhas mãos nunca serão como as tuas,
são tão insensíveis, com caricias cruas.
Hostil e verdadeiro,
não há calma ou espaço para dissimular.
Sensibilidade II
Ainda sou sensível a cada estimulo externo,
mesmo que não queira,
a sensibilidade reina
em meus fragmentos internos.
Te culpo e choro por ser sensível da superfície até a epiderme, o cerne.
Você é a grande questão que me aflige.
Meus pés nunca serão como os seus,
andamos por caminhos diferentes.
Seus caminhos são tortos, os meus são bem delimitados
bem planejados.

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Bluebird
ŞiirProsa e verso. Um compilado de contos, crônicas, poemas e cartas sem um destinatário especifico, e com um remetente qualquer. Alguns dos textos também estão no meu blog.