Azul da Prússia II (Santo egoísmo)

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  Esse lugar é meu, marquei esse pedaço de chão com minhas iniciais, sou merecedor do que me interessa.

Sou rei desse mar congelado, não me importo com o que todos pensam. Se eu quiser, os pensamentos também podem ser meus; compro, alugo e vendo seus sentimentos, corpos e vidas.

  Antes de tudo e todos, estou. Posso ser bondoso cedendo parte do que me pertence a esse povo que só tem miséria e pede misericórdia. Mas isso ainda não me convêm.


Não me interessam as ações altruístas, sei que são todos ilusionistas , os maiores oportunistas que podem existir. E não adianta insistir em listar os benefícios do bem, pois sei dos malefícios dele e prefiro ter uma indigestão por encher-me de tantos bens materiais, nutrindo meu ego, tentando saciar essa fome insaciável... Meu corpo pede e eu atendo cada pedido, ele quer tudo, sempre quis; todos os prazeres, tudo que podia ou não lhe dar e sei acatar cada ordem.

Pelo Egoísmo, pelo Eu, por Tudo... Ao ego

Tenho a verdade, sou a verdade crua que sangra e se deixa escorrer por esse chão (o marcando), sou de verdade... Homem e Deus de mim. Com meu santíssimo espírito covarde   


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