Sejamos nós II

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Sente o calor, a dormência.
Minha repulsa que se vai,
e peço clemência.
E tire de mim, o que desejar
Da pele aos ossos, dos sonhos ao real...
Seja tudo o que posso ter,
não seja nada.
Deixe que eu seja tudo que nunca existiu,
para que nessa demência,
possa existir, te sentir, e te vestir em mim.
Não posso ser tão ruim, desprezível.

Usei teus hábitos, teu corpo,
suas promessas.
Usarei sua pele, como camurça,
Pertence a mim.
Meu objeto intangível,
minha pele inatingível.
É meu carma,
eternamente.

Nosso carma é viver assim:
Colados sem nos ver,
ou sentir.
Saber que esta aqui mas não ver.

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