Escravo

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Sou um animal,
violento com palavras,
com olhares
e com o simples existir
Desisto e persisto
pelo meu instinto, pela gana.
Consumo tua carne, teu tempo.
Pelo simples prazer de ter,
de ser, de permanecer.
Inquieto, hostil,
destruo.
Calculista, frio
te observo...
Minha presa, meu capital.

Te compro,
te faço imaginar ser livre,
mas é meu pássaro azul
que na gaiola dourada vive.


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