Capítulo Treze

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Acordo em um lugar totalmente branco. Tento mover os braços para arrumar meu cabelo despenteado, só que estou presa por metais que saem da cadeira branca em que estou sentada. A luz clara do lugar irrita meus olhos, e sinto uma dor insuportável na cabeça, como se tivesse levado uma pancada. Lembro-me de ter sido sequestrada, e olho por toda parte. Theo e Jen estão na mesma situação em que estou. Só que há muitos metros de distância. A sala é enorme. Jen está debruçada sobre o braço algemado, e seus longos cabelos loiros estão sobre o seu rosto. Theo está ereto com a cabeça encostada na parede. Mas está acordado.


— Theo! — sussurro tão baixo, que penso que ele não ouviu. Mas, ele me olha. Perplexo.

— Heather, o que está havendo?

— Acha que se soubesse estaríamos aqui? Não faço ideia, mas, sinto muito por isso.

— Está tudo bem, eu estou com você. — ele para e observa a sala por um tempo. Canso de ficar com a cabeça virada para trás e volto a olhar para a janela. É possível ver os prédios ao longe, logo após muitas árvores. Estamos longe da cidade. — Heather, a porta.

Olho em volta, e realmente há uma porta, mas tudo aqui é tão branco que é quase imperceptível. Estico-me o máximo que posso a fim de ver pela brecha, que, Deus! Deixaram aberta! Vejo Victoria. Ela está cabisbaixa de frente para alguém, um homem e apenas vejo suas mãos. Olho para Theo para avisar que tem gente do lado de fora.

— E vejo Vick também. — digo, e foi a única que reconheci. E também não ouço nada da conversa, estão muito longe.

— Vick? O que ela faz aqui? — Theo questiona e é nesse momento que a ficha cai.O que ela faz aqui? E por que não está presa assim como nós? E Chad? Será que ela veio atrás de nós três? Fico alguns segundos criando hipóteses para chegar a alguma dedução, mas sou interrompida por passos que em meio ao silêncio assustador da sala se torna evidente.

Eles se aproximam, mas não entram, e agora é possível ouvi-los.

— Eu disse que era para trazer só ela! E me vêm com mais dois! Não tenho responsabilidade sobre eles Victoria!

— Eu sei, tio. Mas eles são amigos e estavam juntos na hora, não tinha como deixá-los. E se deixássemos iriam ligar para a polícia. — Tio? Foi só o que raciocinei de tudo o que ela disse.

— Está bem. É bom que saibam logo também. — o homem parece se acalmar.

Os passos ficam mais altos à medida que chegam na sala. Endireito-me na cadeira quando o homem, Chad e Victoria entram. Incrível como qualquer movimento fica difícil fazer quando se está com os pulsos presos.

Encaro o homem. Ele não parece ser um chefe de máfia, agente, ou muito menos um sequestrador. Ele veste branco (existe algo neste lugar que não seja branco? Pelo menos estou de preto), um terno diferente do que normalmente vejo. Ele me olha de volta, e simplesmente, não sei se está impressionado ou assustado comigo. Não tinha cara de mau e começo a entrar em pânico psicológico por todas as minhas especulações, no fim das contas, estarem erradas. Odeio não entender o que está acontecendo. E entro pânico por isso, e pelo clima que se instala nesta sala.

Olho para o seu crachá. Jeremy Parks. Não faço ideia de quem seja.

— Heather. — ele fala meu nome como se me conhecesse e estivesse me reencontrando. Penso na minha mãe. Ela deve achar que estou na casa de Chad. Minha vontade é de gritar. Ele está bem aqui na minha frente e não olhou em momento algum. Sinto raiva por essas suas atitudes. 

— Eu esperei muito por esse momento, e já peço que me perdoe.

— Se soltarem os meus amigos e eu, posso pensar sobre o assunto. — acho que não faço ideia do que estou falando. Ele pede para uma mulher que nem notei a presença nos soltar. No seu crachá está seu nome. Megan Stewart. Ela parece a única gentil de todos aqui. Ela nos solta e eu me coloco de pé. Jen acorda no momento em que Megan mexe nela.

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora